Por Redação Engeplus
Em 23/02/2018 às 07:12Você já parou para pensar como as mercadorias entram no país? O transporte marítimo é o principal meio pelo qual isso acontece.
Para entender melhor este fluxo, a UNQ Import Export criou “O caminho do contêiner”, que auxilia no entendimento das etapas do processo de liberação de um contêiner e as áreas que estão envolvidas em cada etapa. Eles são específicos da Portonave, mas são similares aos outros portos do Brasil.
1ª parte: Planejamento do navio
A escala dos navios é semanal ou quinzenal e faz parte de um serviço, que é a rota dos portos por onde o navio passa. Então a cada semana ou quinzena, em determinado dia, o navio tem a sua janela para atracação – intervalo de tempo em que pode atracar no Terminal.
2ª parte: O navio chega ao terminal
Quem define o berço (local no cais onde encosta o navio) de atracação são os planejadores de navio. Toda embarcação tem um plano de operações, que contempla o número de ternos (conjunto formado por colaboradores mais equipamentos). A Portonave dispõe de 3 berços de atracação e recebe navios com até 306 metros de comprimento por 48 metros de largura (boca), com capacidade entre 6 mil e 8 mil TEUs (TEU = unidade de medida equivalente a um contêiner de 20 pés).
É proibido subir a bordo do navio qualquer pessoa que não esteja ligada à operação do navio.
3ª parte: Desembarque do Contêiner
O Portêiner (STS), guindaste com capacidade de içamento de 75 toneladas, faz o movimento do contêiner do navio para o caminhão.
O objetivo é trabalhar com agilidade para aumentar a produtividade e otimizar o tempo em que o navio permanece atracado no Terminal. Este processo deve ser realizado com respeito às normas de segurança dos operadores e dos equipamentos. Em média, um navio de 300 metros de comprimento opera com quatro portêineres. Cada contêiner demora cerca de um minuto para ser movimentado, embora esse tempo dependa de onde o contêiner está posicionado no navio.
Após o término das operações de embarque e descarga, o navio está pronto para seguir viagem para o próximo porto de destino
4ª parte: Posicionamento do Contêiner
O Veículo portuário (TT), uma carreta reforçada, é responsável pela movimentação dos contêineres entre o cais e as pilhas. Tem capacidade de suportar cargas com até 40 toneladas e, após receber o contêiner do portêiner, leva à localização já definida pela equipe de planejamento do Porto com antecedência.
O plano é rigorosamente seguido pela operação. O pátio da Portonave tem capacidade para 30 mil TEUs e está dividido em quadras numeradas para melhor localização das unidades.
5ª parte: Inspeções
O posicionamento dos contêineres para inspeção ocorre a pedido dos órgãos intervenientes e pode ser feito para várias finalidades. Eles são levados a uma área destinada única e exclusivamente ao atendimento das demandas desses órgãos – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e Receita Federal. Para o MAPA vegetal, por exemplo, ocorre sempre que a carga vier acondicionada em embalagem de madeira (caixa, pallets).
6ª parte: Liberação do contêiner
O Comex dentro da Portonave é a área do departamento comercial responsável por analisar toda solicitação e documentação que é entregue. Estes documentos são necessários para a liberação das cargas de importação que foram desembaraçadas – termo usado quando há a liberação por parte da Receita Federal – na Portonave. Os despachantes acessam o portal de serviços da Portonave e criam o fluxo informando alguns dados necessários (Ex.: número da DI e contêineres), posteriormente eles enviam a documentação física necessária para liberação.
7ª parte: Carregamento
Para a retirada do contêiner, a unidade deve estar liberada. Na importação, a verificação é feita com os setores de Faturamento e Comex. Liberado por ambos os setores, o agendamento é feito em janelas de duas horas e a liberação acontece no Gate, por meio das chamadas das janelas.
A Portonave possui dez gates para acesso dos caminhões ao Terminal. No prédio ao lado dos gates, há uma sala administrativa onde é feita a entrega da documentação, uma sala de espera e banheiros com duchas para uso dos motoristas. Para todas as operações de transporte no Gate, apenas motoristas cadastrados têm acesso ao Terminal – com a utilização de crachás e biometrias.
8ª parte: Entrega na empresa e devolução do contêiner vazio
Após a saída do terminal, a mercadoria segue por rodovia até o armazém direcionado pelo importador.
O processo só termina com a entrega do contêiner vazio em terminal direcionado pelo Armador. O contêiner deve estar da mesma forma em que foi recebido, ou seja, limpo e sem avarias. Caso haja alguma verificação diferente, haverá a cobrança referente ao constatado. Após a devolução, a transportadora recebe a Minuta de Devolução que confirma o encerramento do processo de movimentação do contêiner.
Ainda tem alguma dúvida sobre esse processo ou sobre importação de produtos?
Escreva para nós no unq@unq.com.br
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