Por Redação Engeplus
Em 23/08/2018 às 16:45Ao longo dos anos, uma palavra tem sido capaz de resumir a história dos navios de carga: evolução. São inúmeros avanços que tornam esses meios de transporte cada vez mais econômicos, ecologicamente corretos, com mais segurança durante a navegação e, claro, com maiores capacidades de transportar cargas por todo o mundo. Sendo assim, torna-se natural que grande parte da economia global esteja diretamente ligada às movimentações que acontecem sobre as águas.
A evolução dos navios não aconteceu apenas por conta dos avanços tecnológicos. O aumento no volume de transporte de mercadorias foi o impulso para fazer as embarcações se tornarem mais potentes. A necessidade principal foi ampliar os tamanhos dos navios cargueiros para aumentar a capacidade de carga. Um gráfico divulgado recentemente pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) e pela Federação Internacional dos Trabalhadores em Transportes (ITF) mostra a evolução do tamanho dos navios nos últimos 40 anos e o volume suportado por eles, seguindo a medida em TEUs e considerando contêineres em tamanho padrão.
A imagem abaixo demonstra este crescimento e aponta que, em 1977, a capacidade de um navio cargueiro era suficiente para transportar pouco mais de 3 mil TEUs. Em 1997, 20 anos mais tarde, esse valor mais que dobrou, alcançando a marca de aproximadamente 8 mil TEUs. Um novo salto aconteceu nos anos seguintes e, em 2006, os processos de importação e exportação já podiam contar com meios de transporte marítimos capazes de levar mais de 15 mil TEUs. Seguidamente, a evolução continuou: em 2013, superou-se a marca de 18 mil TEUs, em 2014, de 19 mil TEUs e, em 2017, chegaram na casa dos 21 mil TEUs.
Desafio que se estende aos portos
Com os tamanhos impressionantes das embarcações, os portos também precisaram se adaptar para conseguir recebê-las. Dois fatores devem ser levados em consideração para determinar qual a capacidade dos navios que poderão atracar em um porto: a profundidade das vias de acesso e atracação e, no caso de portos instalados em regiões de zonas fechadas, como os rios, o aspecto e manutenção da Bacia de Evolução.
A profundidade consiste na distância entre o nível da água e do solo. Quanto maior o navio, mais fundo precisarão ser as vias de acesso e de atracação. Os portos instalados no mar, normalmente, não enfrentam problemas neste sentido. No caso de portos instalados em rios, como os Terminais Portuários de Navegantes (Portonave), em Santa Catarina, há o trabalho essencial de manutenção da profundidade, ou seja, as operações de dragagem. Os serviços consistem em realizar uma limpeza e desobstrução para que os navios possam chegar ao cais.
“Como estamos em um rio, é comum o acúmulo de materiais vindo dos demais rios que desembocam no Rio Itajaí Açu, onde ficamos instalados. Essa manutenção é necessária para a nossa competitividade, mantendo as movimentações de cargas e até mesmo a economia na região, estado e país”, explica o supervisor comercial da Portonave, Luís Henrique dos Santos Lemos.
Já a Bacia de Evolução é um local no espaço aquático nas proximidades do cais, dotado de dimensão e profundidade adequadas para manobrar as embarcações. Para os portos instalados no mar, este espaço é vasto, tendo em vista que há área suficiente para efetuar as manobras. As instalações em vias fluviais requerem maior atenção.
Atualmente, a Portonave está apta a receber navios de até 9,2 mil TEU, com 300 metros de comprimento por 48 metros de largura. Mas, a empresa está se preparando para acomodar embarcações maiores, em breve. A nova Bacia de Evolução deve ficar pronta ainda em 2018. Dessa forma, será possível atracar em Navegantes, transportes marítimos de até 14 mil TEU e tendo 366 metros de comprimento por 51 metros de largura.
“Vamos ampliar as possibilidades comerciais de incrementar o número de linhas de navios atendidas, proporcionando a vice-liderança nacional na movimentação de contêineres, atrás apenas do Porto de Santos, como aponta a Agência Nacional de Transportes Aquaviários (ANTAQ)”, destaca Lemos.
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