Campeonato Catarinense

Se não rezar, não joga no CEC Orleans

Presidente do Curitibanos, o parceiro de Orleans no futebol, quer um time de fé em campo

Por Denis Luciano - denis.luciano@engeplus.com.br

Em 08/03/2017 às 16:24
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Foto: FCF / Divulgação

O novo time profissional que vai representar Orleans no Campeonato Catarinense da Terceira Divisão, o CEC Orleans, já nasce com uma marca curiosa. Seu presidente, o ex-jogador Ivanir Soliman, é evangélico praticante, fundou o Curitibanos Esporte Clube (CEC) como um projeto social e não abre mão da fé e da disciplina.

“Não é qualquer um que joga no meu clube. Tenho normas. Comigo, jogador tem que estudar e tem que ir na igreja. Não é preconceito, mas é uma ordem”, diz Ivanir, sem fazer qualquer cerimônia. “Não é por ser evangélico”, assegura.

Usou brinco,
não joga

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Ivanir, hoje com 70 anos, foi goleiro entre 1965 e 83. Jogou na Caçadorense, Xanxerense e Palmitos em Santa Catarina, no Juventude de Caxias do Sul, e passou pelo Sampaio Corrêa, no Maranhão, e Anápolis, de Goiás. E o hoje dirigente vai além nas regras. “Comigo, jogador que usa brinco nem viaja. Se eu tiver só 11 jogadores e um deles não seguir as normas, eu prefiro jogar com dez”, revela.

O Curitibanos estreou nas competições profissionais em 2013, sendo sexto colocado entre nove da Terceirona Catarinense. Nas três últimas temporadas, transferiu seus jogos para Paulo Lopes, na Grande Florianópolis, e continuou na Série C estadual: sexto entre sete em 2014, último entre oito em 2015 e o melhor desempenho veio no ano passado, com o terceiro lugar entre seis equipes.

Mão de ferro
no comando

Soliman é defensor, ainda, da centralização de poder nos clubes de futebol. “Quando eu joguei na Caçadorense, mandava só o seu Salésio Kindermann e dava certo. Em outros clubes também, se tem pouca gente mandando, dá certo. Com muita gente dando pitaco, não funciona. Eu trabalho assim também, uns dois ou três no máximo dirigindo”, afirma.

A vaga na Série C pertence ao Curitibanos, mas os jogos serão em Orleans e o parceiro orleanense é quem montará o time. Seleções de atletas amadores já começaram, e a meta é investir em valores da região. O estádio Municipal Osmundino Mateus já está sendo preparado para receber as partidas, conforme o dirigente contou ao presidente da Federação Catarinense de Futebol, Rubens Angelotti, em visita há cerca de um mês (foto). “Gostei da cidade e do povo, vai dar certo”, conclui o presidente, que mantém um clube de Curitibanos, que jogava em Paulo Lopes, reside em São José e vai usufruir dos próximos meses da sua aposentadoria indo com freqüência a Orleans.

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