Por Amanda Garcia Ludwig - amanda.garcia@engeplus.com.br
Em 15/10/2014 às 19:12Em alusão ao Dia Nacional de Combate à Sífilis, comemorado no próximo sábado a equipe do Programa de Atenção Municipal às DST/HIV/AIDS (PAMDHA) realizou nesta quarta-feira uma palestra para profissionais que atuam nas unidades de saúde. O médico infectologista Raphael Elias Farias repassou conhecimentos sobre a doença no encontro promovido na Subprefeitura do Rio Maina. A campanha de incentivo ao diagnóstico da doença está direcionada à população, mas principalmente aos profissionais da saúde.
Segundo o secretário de Saúde, Paulo Conti, passar as informações para os colaboradores da atenção básica é uma importante estratégia no enfrentamento do diagnóstico tardio. “A sífilis está se alastrando em várias classes sociais e a Secretaria de Saúde como um todo tem que abraçar essa causa, para que a população perceba a gravidade dessa doença. Sabemos que as dificuldades existem, mas temos que buscar resultados”, relatou o secretário.
A campanha está sendo realizada em todo Brasil e tem como objetivo divulgar a doença, métodos de prevenção e tratamento, além de tentar sensibilizar os trabalhadores da área de saúde para que recomendem a seus pacientes a realização de testes durante o pré-natal e nos atendimentos as pessoas com vida sexual ativa.
Para o médico infectologista, o reforço da campanha com os profissionais de saúde da atenção básica é decisivo porque estes lidam diretamente com a população, podendo assim colaborar com a queda dos números de casos. “Se as pessoas tiverem um diagnóstico precoce, podem conseguir um tratamento de fácil execução. É importante que a população se previna contra as doenças sexualmente transmissíveis fazendo o uso do preservativo. Existem casos em que a sífilis terciária acomete o sistema nervoso central e até mesmo o coração”, destacou Raphael.
Desafios na área da saúde
Uma das metas do Brasil para o ano de 2015 é a eliminação da sífilis congênita no país. A transmissão vertical dela continua sendo um grande problema de saúde pública no Brasil se destacando entre várias doenças que podem ser transmitidas durante o ciclo grávido-puerperal, por possuir a maior taxa de transmissão.
O PAMDHA disponibiliza, permanentemente, atendimento e tratamento aos portadores de sífilis, seus parceiros e recém-nascidos expostos ou com diagnóstico definido.
Sintomas
Os sintomas variam conforme o estágio da doença e também de acordo com o paciente. Em alguns casos, os sinais passam despercebidos e a pessoa só descobre que tem a doença quando faz um exame de sangue. No estágio inicial, o sintoma característico é o surgimento de uma (ou mais) ferida indolor e altamente contagiosa, com bordas elevadas, denominada cancro. A ferida surge no lugar em que houve a infecção, normalmente cerca de três semanas depois do contato com a bactéria.
O cancro pode ficar dentro da boca e dos órgãos sexuais e por isso, não são notados. Nessa fase há possibilidade de cura. Num estágio mais avançado, a sífilis paode apresentar vários sintomas, que aparecem semanas ou até meses depois do surgimento da ferida. A maioria das pessoas apresenta uma erupção de pele que não coça, principalmente na sola do pé e na palma da mão, mas às vezes em outros lugares do corpo. Sem tratamento, os sintomas costumam ir embora em alguns meses, mas a doença permanece ativa, pois a bactéria continua se multiplicando nessa fase latente. No último estágio, a doença pode provocar anormalidades cardíacas, lesões nos ossos, na pele e em vários órgãos. Cerca de 20% dos doentes nesse estágio apresentam a neurossífilis, ou seja, o sistema nervoso é afetado pela doença. Nos estágios finais, ela pode causar convulsões, cegueira, surdez, demência, problemas na medula espinhal e a morte.
Colaboração: Milena dos Santos/Decom Criciúma
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