Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br
Em 13/05/2019 às 11:25O Instituto Geral de Perícias (IGP) de Santa Catarina sofre com a falta de peritos e o assunto já virou uma solicitação oficial do órgão junto ao Governo do Estado. Segundo o IGP, apenas 35,89% das vagas previstas em lei estão preenchidas, ou seja, são apenas 212 peritos oficiais atuando nas 585 vagas necessárias no Estado.
Em janeiro, o IGP encaminhou um ofício ao Governo do Estado solicitando a autorização para a nomeação de Peritos Oficiais e Técnicos Periciais aprovados no Concurso Público IGP/SC Nº 001/2017. São cerca de 50 vagas e o resultado foi homologado em 4 de maio de 2018.
Em Criciúma, a estimativa é que o quadro de peritos criminais do IGP necessite, no mínimo, de quatro profissionais. Atualmente são apenas cinco, incluindo o gerente mesorregional, Sandro Brocca, que fica restrito a questões administrativas. “Aqui na região, especificamente Criciúma, teremos que dobrar o número de peritos. Temos cinco e teríamos que ter, pelo menos, nove. Temos setores que já fecharam por falta de perito, como no setor de documentoscopia (perito se aposentou e não houve substituto), perito de veículo e na parte de engenharia”, lamenta o gerente.
Com a falta de profissionais, os peritos se desdobram para operar em outros setores ficando de sobreaviso. Caso aconteça algum crime com vestígio, o perito abandona o que está fazendo e se desloca para atender a ocorrência. “Não temos uma equipe de atendimento de local do crime, como em Florianópolis. É a mesma dos setores, que também precisam cumprir prazos para os encaminhamentos de laudos. A perícia catarinense é antiga, desde 1917, e vem mudando a roupagem. Em 2005 se tornou um órgão permanente de perícia oficial e representado o Estado. Todo o crime que deixa vestígio é o IGP que faz o laudo”, explica.
A expectativa do gerente é que até junho as nomeações aconteçam e demanda seja atendida. Aliás, ele conta que a pretensão é que até 50 vagas sejam preenchidas todos os anos.
O que se comenta é que a a partir de maio ou junho existe a possibilidade de nomeação desses profissionais. Acredito que vá acontecer. A atual gestão do Governo do Estado assumiu esse compromisso. Como a situação do IGP é bem delicada, acredito que seremos atendidos.
Sandro Brocca, gerente da mesorregional de Criciúma
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Em outras regiões do Estado, como a de Tubarão e Laguna, também há necessidade da contratação de médicos legistas.
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