Por Rafaela Custódio -
Em 01/12/2020 às 13:24O roubo de maior proporção já acontecido em Santa Catarina. Assim é tratado o atentado à agência do Banco do Brasil em Criciúma durante a madrugada desta terça-feira, dia 1º de dezembro. O governador do estado Carlos Moisés esteve na Capital do Carvão e, ao lado do prefeito Clésio Salvaro, concedeu entrevista coletiva com autoridades de segurança pública.
“Criciúma passa mais uma vez por um episódio de violência extrema que não é do cotidiano de Santa Catarina. Entendemos que o estado tem que continuar o trabalho de investigação uma vez que a ação foi bem sucedida para os marginais. Mas precisamos de fato colocar o estado à disposição, porque temos um histórico de investigação com sucesso na resolução de problemas”, garantiu o governador.
Carlos Moisés ainda lembrou que em 2019, em Blumenau, houve também uma ação violenta, porém a Polícia Civil conseguiu prender 50% dos envolvidos. “A Polícia Militar estava na rua, tanto que quero me solidarizar com a família do soldado Esmeraldino [policial baleado pelos criminosos durante a madrugada] recém ingressado na PM, são nossos heróis anônimos”, destacou.
O chefe do Poder Executivo ainda afirmou que o ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, André Mendonça, colocou à disposição também forças de todo país. “Essa ação provavelmente é orquestrada por criminosos de outro estado. Faço votos que a segurança pública consiga capturar esses delinquentes para que a gente possa dar uma resposta a sociedade, já que aqui é um dos lugares mais seguros do Brasil e isso não combina com nosso estado”, comentou.
O delegado da Diretoria Estadual de Investigação Criminal (Deic), Anselmo Cruz, afirmou que ainda não é possível precisar quanto dinheiro foi roubado da agência. “Já iniciamos os trabalhos de investigação. Podemos afirmar que foi o maior roubo já registrado em Santa Catarina. Tivemos um semelhante no Aeroporto Quero-Quero, em Blumenau. Porém a mobilização criminosa em Criciúma foi algo inédito, diante do tamanho da ação. Foram pelo menos 30 criminosos em dez carros”, afirmou.
Segundo o perito-geral do Instituto Geral de Perícias (IGP), Giovani Adriano, a madrugada foi tensa para o colegiado. “Deslocamos uma série de profissionais da perícia criminal para Criciúma. Todo crime deixa vestígio e evidências”, destaca.
Conforme o delegado Paulo Koerich, este crime chama atenção pela ousadia e violência empregada. “Aqui não tivemos morte, felizmente. As forças policiais não irão tolerar esse tipo de ação. Faremos todo esforço necessário para a prisão dos envolvidos neste crime, para que sejam responsabilizados e sintam o peso da mão do estado”, finalizou.
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