Assalto ao Banco do Brasil

Investigação trabalha para identificar pessoas que recolheram cédulas deixadas pelos criminosos

Caso identificados, envolvidos podem ser acusados por furto

Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br

Em 02/12/2020 às 17:03
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Foto: Thiago Hockmüller/Portal Engeplus

Logo após o maior assalto a banco da história de Santa Catarina, o que se viu nas proximidades da agência do Banco do Brasil, na área Central de Criciúma, foram pessoas recolhendo parte do dinheiro espalhado nas ruas pelos assaltantes. E o trabalho investigativo das forças policiais também trabalha para identificar aqueles que recolheram estas cédulas - caso isto aconteça os envolvidos poderão responder por furto, além da possibilidade de serem investigados por participação no roubo.

Ao Portal Engeplus, o delegado da Polícia Civil de Criciúma, Márcio Campos Neves, explicou que a investigação possui imagens que devem auxiliar na identificação destas pessoas. “Vamos identificar para elas serem processadas pelo furto. Foi muita coisa jogada fora, muita gente (recolhendo). Temos a informação que um motoqueiro pegou outro fardo”, conta.

A numeração das notas ainda não foi informada pelo Banco do Brasil. A Polícia Civil aguarda isto acontecer para orientar comerciantes sobre como identificar as cédulas furtadas. “A partir do momento que essa numeração for informada e o comerciante perceber, vai poder fazer a denúncia de quem fez a compra, isso em sigilo. Estamos aguardando a orientação do Banco do Brasil para passar a numeração”, detalha o delegado.

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O valor roubado pelos criminosos já foi apurado pelo Banco do Brasil, todavia o montante não foi divulgado oficialmente. Também não é possível identificar o quanto foi recolhido nas ruas pelas pessoas. 

“Não está divulgando oficialmente (o valor roubado). Não vai fazer diferença para a investigação. O roubo foi gravíssimo. Uma coisa é roubar um milhão e outra um real. No campo moral é ladrão igual, mas no campo jurídico é diferente”, argumenta.

PM orienta que pessoas devolvam o dinheiro

A investigação que apura o roubo ao Banco do Brasil está dividida em várias frentes de atuação. Existe o grupo que trabalha para identificar os criminosos e outros que estão trabalhando em situações periféricas que aconteceram ao longo da madrugada da última terça-feira.  

O comandante do 9º Batalhão da Polícia Militar (9º BPM) de Criciúma, tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade, faz uma orientação para aqueles que recolheram as cédulas nas ruas. O conselho é devolver o dinheiro na delegacia e evitar penalidades. 

“Pessoas que pegaram o numerário, elas podem devolver na Delegacia de Polícia. Toda a numeração das cédulas vem da Casa da Moeda, é um dinheiro controlado. Se pegou porque tava no chão, se pegou para devolver, devolva. Nós vamos recolher esse dinheiro, vamos levar para a Central de Plantão Policial. Qualquer policial militar, qualquer policial civil e força de segurança vai fazer um boletim de ocorrência, vai nomear a pessoa como testemunha e dar o destino correto”, explicou.

Eu só sei que as imagens vão ajudar a segurança (para identificar quem recolheu o dinheiro). Tem como identificar porque a numeração de série identifica a nota. Então por mais que lhe diga que é de boa-fé, a numeração da nota vai mostrar que é dinheiro de produto ilícito, roubado do banco.

Comandante do 9º BPM de Criciúma, tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade
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Quatro detidos com duas malas de dinheiro

Depois da fuga dos criminosos, quatro homens foram presos em um apartamento nas redondezas da agência. Com eles, os policiais apreenderam duas malas de dinheiro. A soma do montante: R$ 810 mil. 

Em um primeiro momento, eles foram detidos pelo crime de furto qualificado. Mas o Ministério Público (MP) pediu a conversão em preventiva. “Eles foram identificados através de denúncia que nós recebemos, que masculinos com sacolas tinham entrado naquele edifício onde houve a abordagem. Em posse dessas informações e após a fuga desta quadrilha da região Central de Criciúma, para ter um efeito maior de segurança, aí foi montado as patrulhas”, explica o comandante da PM.

Para contar teve que ter uma máquina, somou R$ 810 mil. Esse dinheiro que foi contado é o dinheiro apreendido nessa patrulha da Polícia Militar e da Polícia Civil e foi levado para delegacia

Comandante do 9º BPM de Criciúma, tenente-coronel Cristian Dimitri Andrade
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Acompanhe a cobertura

Acompanhe no Portal Engeplus todos os detalhes da noite de terror em Criciúma. Desde a madrugada de terça-feira a reportagem está nas ruas apurando informações sobre o maior roubo a banco da história do estado catarinense para que você possa identificar o que é verdade ou mentira. 

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