Por Lucas Renan Domingos -
Em 07/04/2020 às 14:59A manhã desta terça-feira, dia 7, foi de manifestação na Praça Nereu Ramos, no Centro de Criciúma. Proprietários de lojas estiveram reunidos para solicitar a reabertura do comércio. Eles estão incomodados com a situação de não poderem abrir seus estabelecimentos e preocupados com as contas que estão por vencer. A expectativa era de uma sinalização do Governo de Santa Catarina para a liberação do funcionamento do setor na próxima quarta-feira, dia 8. Mas o governador Carlos Moisés já afirmou que a abertura das lojas e a circulação do transporte público ainda não serão flexibilizados.
Os comerciantes exigiram que medidas sejam tomadas para a retomada de serviços. Proprietário de uma papelaria, Gelson Philippi, que participou do ato na praça, fez duras críticas ao governador. “Ou a gente vai para a rua trabalhar ou morremos de fome em casa. Eu prefiro me arriscar e ir trabalhar. Meus funcionários querem trabalhar, eles também precisam sustentar a família deles e pagar as contas. O governador precisa parar de tocar violão e começar a administrar o Estado. Ele precisa colocar a mão na consciência que se as pessoas não morrerem pelo vírus, vão morrer de fome”, afirmou.
Em seu estabelecimento, Philippi emprega 15 pessoas. Todas estão com as atividades paralisadas no momento, garantiu ele. “Tem comércio que já está demitindo. Eu não quero entrar nessa lista, mas se minha loja continuar fechada eu vou ser obrigado”, contou.
Deputados acompanham o ato
O deputado estadual Jessé Lopes (PSL) e o deputado federal Ricardo Guidi (PSD) foram convidados a acompanhar a manifestação. Eles se posicionaram a favor dos comerciantes e estão buscando alternativas para conseguir a liberação do funcionamento do comércio.
“Fui ouvir o pessoal e as angústias deles. Foi falado muito que vários setores já voltaram a trabalhar e o comércio continua sendo discriminado. Eles têm seus funcionários, suas contas para pagar, pagar os fornecedores. Acredito que tenha que haver uma solução onde seja possível relacionar medida sanitária com a abertura das lojas”, analisou Guidi.
Jessé Lopes também defende o retorno do comércio. Nas últimas semanas ele já tem buscado na Assembleia Legislativa de Santa Catarina (Alesc) a revogação do decreto. “O projeto já foi aprovado pela CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), mas a própria casa tem medidas burocráticas para andamento da pauta. Então, talvez quando chegar ao plenário nem vai ser mais necessária revogação alguma”, falou.
“Enquanto alguns causam pânico, eu tento tranquilizar as pessoas. No estado tem 12 mortes, são pouco mais de 400 pessoas infectadas com o vírus, dá menos de 1% da população. E os comerciantes estão apavorados, estão com alugueis e contas vencendo. Tem muita gente trabalhando, tem quem nem parou de trabalhar. É preciso flexibilizar”, pontuou. Por volta das 16 horas, os comerciantes deverão se reunir novamente para discutir novas medidas a serem tomadas para a abertura do comércio.
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