Para reféns, assaltantes perguntaram sobre a cidade, mulheres e bares

O assalto ao Banco do Brasil de Criciúma na madrugada desta terça-feira, dia 30, assustou os moradores do Centro do município não só pela quantidade de tiros disparados pelos criminosos, mas também pela ação organizada da quadrilha. Além de invadir o banco e mostrar forte poder de fogo, a situação ficou mais tensa quando seis pessoas foram feitas de reféns.

Os que ficaram sob a mira dos assaltantes foram quatro servidores da Diretoria de Trânsito e Transporte (DTT) de Criciúma e mais dois motociclistas que foram abordados pelos assaltantes. Um deles foi Sérgio Eduardo Firme, um dos funcionários da DTT. Ao Portal Engeplus ele contou que viveu momentos de apuros, mas que os bandidos “aliviaram” o momento.

“Eles até conversaram com a gente, perguntaram como é a cidade, se tinha mulher bonita e barzinhos. Falaram que voltariam para a cidade para comemorar. Também disseram que se a gente ficasse calmo e não reagisse, nada de ruim iria acontecer. E foi o que aconteceu. Depois que eles pegaram o carro e foram, esperamos dez minutos e fomos embora”, lembrou Firme.

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O servidor do DTT e colegas de trabalho faziam a pintura de sinalizações próximo da agência. “Escutamos um estampido. Pensamos que era moto, mas depois vimos um dos assaltantes e percebemos que eram tiros. Logo chegou outro carro atirando. Mandaram a gente ir para o canto, tirar a camisa e nos fizeram de refém”, contou.

Ele ainda deu detalhes do forte esquema montado pelo grupo. “Acredito que tinha mais de 50 pessoas. Cada esquina eram quatro ou cinco deles”, calculou. “Eles não pediram nosso celular, só se eu tinha WhatsApp e eu falei que não. Eu mesmo manobrei a Ducato (carro utilizado pela DTT) para eles”, afirmou.

Os moradores de apartamentos próximos da agência também foram ordenados a fecharem as janelas enquanto eles realizavam o assalto. “Eu recebia um monte de ligação, mensagens, mas não podia olhar. Depois que consegui ver e falar com minha família, a gente só chorou. A ficha parece que ainda não caiu”, completou o funcionário da DTT.