Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br
Em 02/03/2020 às 12:13Pescadores da Colônia Z-33 já iniciaram os preparativos para a safra da tainha, que inicia no dia 1º de maio. Até lá, conserto e aquisição de malhas, além de muita expectativa. No ano passado, foram capturadas menos de 50 toneladas, ou seja, uma temporada fraca segundo o presidente da Z-33, João Piccolo.
O grande fator resultante da safra ruim foi a condição climática. Pouco vento Sul, temperatura alta do mar e um inverno longe de ser rigoroso. “Os pescadores estão arrumando os apetrechos, entalhando as redes. São malhas diferentes, uma para cada peixe. Agora precisa preparar as redes e assim que abrir (a temporada) possam entrar no mar”, declara.
Segundo o climatologista da Epagri, Márcio Sônego, ainda é cedo para fazer previsões sobre o inverno, todavia existe um alento para os pescadores: o La Niña. De acordo com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), este fenômeno oceânico-atmosférico caracteriza-se por um esfriamento anormal nas águas superficiais do Oceano Pacífico Tropical. “Tem a volta do fenômeno La Niña e nossos invernos costumam ser frios como deveriam. Isto favorece a pesca da tainha”, explica.
Ano passado não chegou a 50 (toneladas), foi bem atípico, não deu frio e vento Sul, praticamente passamos um ano inteiro de verão. Esperamos que o tempo esfrie e este ano tenhamos um inverno mais rigoroso. Tudo vai depender da temperatura
Presidente da Colônia Z-33, João Piccolo
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Segundo dados da Colônia Z-33, em 2018 foram capturadas entre 80 e 90 toneladas de tainha. Já em 2017, foram menos de 40.
Tainhota não emplacou
Enquanto se preparam para a safra da tainha, os pescadores seguem buscando pela tainhota de verão. E a safra também está ruim. Neste ano foram capturadas cerca de 5 toneladas do peixe, 15t a menos que no ano passado.
Outro pesca que não emplacou é a anchova. Piccolo conta quem em 2019 a safra rendeu cerca de 10 toneladas, neste ano não chegou a cinco. “No ano passado a tainhota foi bem boa, infelizmente este ano não encostou, assim como a anchova. A corvina deveria ter encostado, mas passou em alto mar e foi direto para o Rio Grande do Sul”, lamenta.
Com o fim da temporada de verão, em 31 de março, os pescadores terão acesso livre à orla de Balneário Rincão. Hoje, são apenas dois pontos de pesca: um na Zona Norte e outro na Zona Sul.
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