Por Marcelo De Bona - marcelodebona@engeplus.com.br
Em 13/02/2017 às 16:25Nesta segunda-feira, três jornalistas do Jornal da Manhã foram demitidos. Na última quarta-feira, devido ao constante atraso de salários e irregularidades nas contribuições ao INSS e ao Fundo de Garantia, os profissionais, após uma assembleia com representantes do Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina, decidiram entrar em estado de greve.
Da equipe de cinco profissionais do JM, somente dois não foram desligados: a coordenadora de redação e o diagramador. “Lamentamos, foi uma falta de consideração com os trabalhadores. Durante esses dias de estado de greve ninguém parou de trabalhar. O jornal circulou normalmente. O departamento jurídico do sindicato ainda está avaliando a situação das demissões durante o período de estado de greve”, comenta o delegado regional Sul do sindicato, Gilvan de França.
Segundo o diretor do Jornal da Manhã, Milton Carvalho, a demissão dos jornalistas foi a melhor opção para as partes neste momento. “Foi conversado amigavelmente. Eles foram bons funcionários. Não queríamos entrar em uma rota de colisão e dar margem para um clima de acirramento futuro. Porque, geralmente, isso acontece. Assim, eles vão receber todos os seus direitos. Só me surpreende o fato de o representante do sindicato na região não ter participado de nada. Sequer me deu um telefonema. Estamos sempre abertos a atender a todos, com muita gentileza e educação”, justifica Carvalho.
Na sexta-feira, dia 10, o Sindicato dos Jornalistas de Santa Catarina protocolou no Ministério Público do Trabalho um documento informando sobre os fatos ocorridos no JM e solicitou intervenção. O Ministério do Trabalho e Emprego de Criciúma agendou para esta terça-feira, às 16 horas, uma reunião entre o sindicato e a diretoria do JM para tentar um acordo e formalizar um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC).
Redução de custos
Devido ao momento difícil enfrentado pelo Jornal da Manhã, a ideia da direção é cortar custos para manter o tradicional veículo de comunicação, fundado em 1983, em circulação. “Há um tempo, minimizamos os custos terceirizando a entrega e a impressão. Vamos ver se não é o ideal, diante da circunstância, terceirizar a produção de conteúdo regional para o jornal. É uma possível saída, não sei se é a ideal. Estamos analisando. Vamos buscar uma alternativa”, revela o diretor do JM.
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