Por Daiana Carvalho - daiana.carvalho@engeplus.com.br
Em 10/10/2014 às 19:31Após a suspeita de que um homem, de 47 anos, que está vivendo no Brasil, estivesse infectado pelo ebola, o vírus responsável por uma epidemia na África, o país está em alerta. Todas as Secretárias Estaduais de Saúde do país foram alertadas sobre a possibilidade da doença.
Em nota a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina informou que elaborou um plano de contingência estadual envolvendo todos os níveis de gestão do Sistema Único de Saúde (SUS), e emitiu um alerta a todos os profissionais de saúde, desde que a Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou sobre o surto da doença na África e assegura que o Estado está preparado para um possível caso de ebola.
O homem, que pode estar com o vírus, procurou atendimento em Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cascavel, no Paraná, nessa quinta-feira, dia 9, e na manhã desta sexta-feira, após trabalho de transferência foi internado e está em isolamento no Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, no Rio de Janeiro, onde segue em observação.
O caso se trata de um homem que veio da Giné e chegou ao Brasil no dia 19 de setembro. A medida preventiva foi adotada por que o período de incubação da doença é de 21 dias e o guineano relatou febre no decorrer da semana e tem como origem um país com casos da doença.
O ministro da Saúde, Arthur Chioro, concedeu duas entrevistas coletivas nesta sexta-feira para falar sobre o caso. Segundo ele o paciente não apresentou mais febre e o quadro é estável. O exame que confirmará se o homem realmente está com o vírus deve ficar pronto na manhã deste sábado.
Após a chegada ao Brasil o homem veio até a cidade de Dionísio Cerqueira, em Santa Cataria para fazer a emissão do visto, que lhe assegura permanência de um ano no país. Em Criciúma, um possível caso de ebola foi descartado nessa quinta-feira.
Confira o comunicado na íntegra:
A Superintendência de Vigilância em Saúde, por meio da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (DIVE), informa que está em contato com o Ministério da Saúde e com a Secretaria de Saúde do Paraná, monitorando o caso suspeito de ebola identificado em Cascavel, PR.
O Ministério da Saúde, em conjunto com outros órgãos, como a Polícia Federal, estão avaliando o itinerário cumprido pelo paciente desde sua chegada ao Brasil. Informações preliminares indicam passagem por Dionísio Cerqueira, em Santa Catarina, entre os dias 21 e 23 de setembro, período anterior ao início dos sintomas e dentro do período de incubação. Durante o período de incubação, não há transmissão, portanto pessoas que eventualmente tenham entrado em contato com o paciente antes do início dos sintomas não correm o risco de ter contraído a doença.
O paciente, proveniente da Guiné, apresentou o sintoma de febre no dia 8 de outubro, procurando a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) em Cascavel, no dia 9 de outubro. Como estava dentro do período de incubação da doença (21 dias), foi considerado como caso suspeito de Doença pelo Vírus Ebola. Todas as providências previstas no plano de contingência federal foram tomadas.
Desde que a Organização Mundial de Saúde lançou o alerta epidemiológico internacional para o surto de Ebola, a Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina elaborou um plano de contingência estadual envolvendo todos os níveis de gestão do SUS, e emitiu um alerta a todos os profissionais de saúde. O tema foi discutido em videoconferências com a participação das equipes das Gerências Regionais de Saúde, Secretarias Municipais, unidades de Saúde, hospitais de referência, SAMU e responsáveis por portos, aeroportos e fronteiras (Anvisa).
Ressaltamos aqui a definição de caso suspeito de ebola: “Indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão disseminada ou intensa de Ebola (Libéria, Guiné e Serra Leoa) que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia”.
Em caso de suspeita, as autoridades sanitárias do município e Estado devem ser comunicadas imediatamente. Dessa forma, será acionado o plano de contingência estadual, alinhado ao plano federal.
As equipes do SAMU e dos hospitais de referência (Nereu Ramos, para adultos; e Infantil Joana de Gusmão, para crianças) estão treinadas e equipadas para promover o transporte e isolamento do paciente, e todas as unidades de saúde estão em alerta para identificação precoce de suspeitos que atendam a definição de caso.
Colaboração: Ana Paula Bandeira/Comunicação Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina
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