Temporais

Dois tornados causaram estragos em municípios de Santa Catarina, diz Defesa Civil

Fenômenos foram confirmados em Palmitos e Santo Amaro da Imperatriz

Por Redação Engeplus - jornalismo@engeplus.com.br

Em 11/05/2025 às 22:40
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Foto: Divulgação/Defesa Civil

A Defesa Civil de Santa Catarina confirmou que dois tornados atingiram o estado durante as tempestades da noite da última sexta-feira, dia 9. O fenômeno aconteceu nos municípios de Palmitos e Santo Amaro da Imperatriz, que decretaram situação de emergência.

O tornado é corre quando uma coluna de ar gira de forma violenta e toca o solo, conectada à base de uma nuvem de grande desenvolvimento vertical. Em Palmitos, o evento deixou um rastro de destruição, com 50 residências atingidas, 65 pessoas desalojadas, prejuízos significativos à infraestrutura rural e urbana e uma morte confirmada.

O fenômeno afetou diretamente mais de 50 propriedades rurais, com perdas agrícolas expressivas, destruição de pastagens e danos na produção agropecuária. A infraestrutura municipal também foi fortemente atingida, com a danificação de pontes, pontilhões, tubulações, estradas vicinais e acessos a comunidades rurais, dificultando inclusive o trabalho das equipes de resposta.

No meio urbano, 50 casas sofreram danos parciais ou totais, a maioria com destelhamentos graves, obrigando 65 pessoas a deixarem suas residências. Houve ainda o registro de uma morte, elevando o nível de gravidade da ocorrência.

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O município recebeu neste domingo os itens de assistência humanitária enviados pela Secretaria de Estado da Proteção e Defesa Civil de Santa Catarina. Entre os itens encaminhados estão água potável, cestas básicas, kits de higiene pessoal, kits de limpeza doméstica, colchões, kits de acomodação e telhas, essenciais para garantir o mínimo de segurança, conforto e dignidade às pessoas desalojadas e aos imóveis danificados.

Santo Amaro da Imperatriz

Outro município afetado pelos temporais da última sexta-feira, foi Santo Amaro da Imperatriz, na região da Grande Florianópolis. Uma intensa tempestade provocou destelhamentos, queda de árvores, dentre outros transtornos. Após análise de imagens de radar meteorológico e registros feitos por drones, a Defesa Civil constatou e confirmou neste domingo a ocorrência de um tornado. 

Casa destruída pelo tornado em Santo Amaro da Imperatris - Foto: Defesa Civil/Divulgação

O sistema foi o mesmo que causou fortes tempestades no Oeste Catarinense, perdendo intensidade posteriormente e voltando a intensificar sobre áreas da Grande Florianópolis. Essa tempestade em especial, sendo considerada uma supercélula (tempestade severa) se formou ainda sobre o Planalto Sul e intensificou rapidamente após passar pelos municípios de Bom Retiro, Alfredo Wagner, Anitápolis e Rancho Queimado, atingindo o trecho sul do município Santo Amaro da Imperatriz entre 19 horas e 19h30.

Foram observadas árvores torcidas e caídas em diferentes direções, o que difere de danos causados por frentes de rajadas ou microexplosões, que geralmente apresentam um padrão direcional. Também foram identificados danos nas construções e na própria vegetação em forma de rastro, outra característica que reforça a hipótese de um tornado.

Árvores derrubadas pelos ventos - Foto: Defesa Civil/Divulgação

Itapiranga

A cidade de Itapiranga, localizada no Extremo Oeste de Santa Catarina, foi uma das primeiras a ser atingida pela intensa linha de instabilidade que avançou sobre o estado na sexta-feira. Inicialmente, os relatos recebidos pela Defesa Civil levantaram a hipótese de que os danos pudessem ter sido causados por uma microexplosão. No entanto, após a análise das imagens de radar e a avaliação em campo, essa possibilidade foi descartada. 

Os danos observados no município foram atribuídos à atuação de uma frente de rajada, ou seja, ventos fortes e descendentes que se espalham horizontalmente ao atingir o solo, associados à dianteira das tempestades. Uma característica comum desse fenômeno, e que foi constatada na avaliação local, é a queda de árvores e outros danos ocorrendo predominantemente na mesma direção. Isso contrasta com os tornados, cujos danos costumam ser mais caóticos e rotacionais, e com as microexplosões, nas quais os ventos se espalham de forma radial, provocando danos em direções divergentes a partir de um ponto central.

   

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