Por Milena Nandi - culturaemcena@engeplus.com.br
Em 20/01/2021 às 11:38 - Atualizada há 4 anosOlá leitora e leitor! O ano de 2021 começa com novidades para vocês. A partir deste 20 de janeiro, entra em cena o projeto “Um amor chamado...”, que trará a cada terceira quarta-feira de cada mês, a história de pessoas que dedicam suas vidas ao amor à arte, seja na dança, no teatro, na música, na pintura, na escultura ou em tantas outras manifestações dela.
Para dar início ao projeto, a coluna traz a bailarina, coreógrafa e professora Viviane Candiotto. Vem com a gente e conheça mais desta profissional que fez do amor à dança uma missão de vida.
“Desde que me entendo por gente, escutava minha mãe tocando piano e então cantarolava e dançava. Que dança era não sei explicar, mas minha mãe dizia: esta menina não caminha, ela pula e se sacode o tempo todo”. Desde então, Viviane nunca mais parou de “se sacodir”. Aos sete anos começou a ter aulas de balé, ainda em Porto Alegre (RS), onde morou até 1985, antes de chegar a Criciúma, se apaixonar pela cidade e decidir ficar.
Foi no Rio Grande do Sul que ela completou a formação em balé clássico, aos 16 anos, e iniciou sua carreira como bailarina. Dançando na Línea Cia de Dança, de Porto Alegre, (fundada pela renomada Maria Cristina Flores Fragoso), teve experiências com vários professores e coreógrafos. “Mais tarde tive o privilégio de estagiar na Polônia e foi então que, definitivamente, decidi que o que eu queria era ser professora, coreógrafa, educadora e pesquisadora para poder contribuir com o desenvolvimento da arte e da cultura, da minha dança e do que acredito desta linguagem de gestos que expressa sentimentos”, conta.
Como bailarina, Viviane conta que teve a oportunidade de ser educada corporalmente com professores da quarta geração de bailarinos profissionais do Brasil. “Meu corpo sempre foi respeitado e hoje aos 50 anos ainda consigo fazer muitas coisas nas sapatilhas de ponta. O palco me alimenta, a interação com o público me faz querer dançar cada vez mais. E hoje, com os estudos da contemporaneidade do corpo, me sinto cada vez mais na obrigação de atuar como bailarina para mostrar que a dança é para todos e que ela é sentimento”, comenta.Graduada em Educação Física, especialista em Fisiologia do Exercício e mestre em Educação, Viviane atualmente é doutoranda em Educação, tendo o “Corpo e Identidade” como objeto de pesquisa. Atua como professora de dança há 27 anos e como coreógrafa há 24. Leciona na Unesc e é coreógrafa da Cia de Dança da Universidade, além de cuidar e dar aulas na Escola de Dança Viviane Candiotto. “A arte está em todo lugar e em todos os momentos. Isso que é o mais lindo! Me realizo através das minhas aulas, do empoderamento corporal dos meus alunos e das vivências que o ensino me proporciona. A dança para mim é uma conversa onde as palavras não alcançam. Ela é sentimento, é amor, é compartilhamento. A dança é minha vida”, afirma.
Desafios da pandemia
Para a bailarina, viver da arte é uma caminhada a passos lentos e uma luta diária para a compreensão e valorização do fazer artístico. E se os obstáculos já existiam, com a pandemia, eles aumentaram e foi preciso refletir e agir para superá-los. “Primeiro, reencontrar o lugar da arte, da dança na vida das pessoas foi um ato de sobrevivência, de necessidade em querer ajudar. Depois, descobrir uma forma de chegar até as pessoas e levar a arte para amenizar os momentos difíceis e fortalecer com esperança para o enfrentamento de dias melhores. Percebi no meio do caminho que nesta busca de reinventar a nossa arte como professora, coreógrafa e bailarina, quem mais recebeu em troca, foi eu mesma. A dança me deu forças para superar os momentos difíceis”.
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