Guido Búrigo: muitas histórias a serem contadas

A despedida do empresário Guido Búrigo, de 74 anos, neste dia 7 de janeiro, trouxe com os momentos de extrema tristeza, principalmente da Zanza, Joana e Guidinho, lembranças de sua inesquecível passagem neste plano. Todos que conheceram Guido Búrigo tem uma história a ser contada com ele. Eu, então, teria muitas porque trabalhei como assessora durante seu mandato na Associação Empresarial de Criciúma (Acic), e quando queria uma boa pauta para entrevista bastava ligar para ele, sempre pronto para nos atender. Com uma ressalva: depois das 11 horas da manhã. Quem o entrevistava, sabia. Depois deste horário, já inteirado dos fatos do dia, poderíamos ligar até tarde da noite, se fosse necessário.

Dos seus tantos momentos de ativa participação em sua Criciúma que tanto amava, logo me vem à lembrança do jovem frente às comemorações do Centenário de Colonização de Criciúma, no ano de 1980; do ativo empreendedor que tirou Criciúma de uma cidade que produzia peças de roupas para marcas famosas – as facções – para a produção de suas próprias e famosas marcas, organizando as Missões Empresariais para a Europa... só um livro mesmo para registrar o que foi sua passagem de intensa e diária participação na vida empresarial e política de Criciúma... além de suas “tiradas” hilárias que não poupava ninguém. Eu mesma, um dia, mês de janeiro, cheguei para trabalhar na ACIC e ele já estava lá. Quem me conhece bem, sabe do meu jeito quieto e respeitador de autoridades, resultado da minha educação em colégio de freiras, de um pai militar e mãe professora. 

Mas, voltando ao Guido, cheguei na ACIC meio atrasada e, antes do bom dia e até medo de ser demitida – o que me era um terror com três filhos pequenos e sozinha – ele me perguntou qual o bronzeador que eu usava. Levei um susto e nem sei o que balbuciei... mas ele logo foi dizendo que ele queria saber para não comprar o mesmo porque eu estava muito branca. Não lembro se ri ou fiquei muda... e fui trabalhar!

Expressas:

• “8 de Janeiro: dois anos de omissão e acobertamento”. Senador Espiridião Amin PP/SC.
   
• O relatório Coal 2024, da Agência Internacional de Energia (AIE) divulgado em 18 de dezembro, projetava que a demanda por carvão mineral deveria ultrapassar 8,9 bilhões de toneladas em 2024, marcando um terceiro recorde anual consecutivo, e atingirá seu pico em 2027.

Joice Quadros. Economia, Mercado e Política. Bacharel em Jornalismo (UFRGS). Professora e Pesquisadora, com obras publicadas. Especialista em Comunicação Empresarial, Educação e Meio Ambiente. Nasceu em Santo Ângelo (RS). Mora em Criciúma (SC).