Por Joice Quadros
Em 12/05/2025 às 10:10A corda esticou e, ao se observar a cena, pode-se ensaiar que a proposta de Michel Temer com o “Movimento Brasil”, para acabar, ou pelo menos reduzir, as tensões da polarização política no País, está mais para uma saída honrosa ou “salomônica” - decisões estas atribuídas ao Rei Salomão, de acordo com o que nos conta a História.
De um lado, temos um governo federal que assumiu de vez sua posição política. Como as pesquisas de opinião pública mostram o descrédito e a contrariedade de parte considerável dos brasileiros ao governo do Presidente Lula, o mesmo sente-se cada vez mais à vontade de atender ao que pede a ala mais radical do lulopetismo. Em que pese seu governo ser considerado “desgoverno” , desconsiderando as contas públicas, gastando em viagens contraditórias, assolado por denúncias de corrupção e mau uso do dinheiro público, comemorando longe de seu país os 80 anos do fim da Segunda Guerra e sentando ao lado de ditadores na Rússia, aos invés de homenagear aqui a memória dos pracinhas brasileiros que foram à luta e muitos morreram em campos italianos, e como parte da opinião pública já está mesmo contra ele, uma situação que parece cada vez mais irreversível, então a decisão de Lula, ao que parece, foi agradar mesmo o núcleo lulopetista, desconsiderando a Presidência da República.
Ocorre que se observa estar havendo um certo “desconforto” no Supremo Tribunal Federal (STF) com as atitudes do Presidente Lula. À medida que agiram para contribuir com sua eleição (descondenando uma condenação da Lava Jato), sentem-se, de certa forma, comprometidos com a situação atual do governo federal. Começa, então, um jogo de “dissenso” do ministro Luis Fux, como ele mesmo denomina, em relação às decisões do ministro Alexandre de Moraes.
Neste contexto, entra em cena o ex-presidente Michel Temer, reverenciado por seus conhecimentos jurídicos, polidez, diplomacia e habilidade para contornar situações extremamente complicadas, como a atual em que vive o Brasil. Tendo sido Michel Temer quem indicou Alexandre de Moraes ao STF, é a pessoa considerada única e certa para entrar em cena. O “Movimento Brasil” seria uma saída “honrosa” para o STF no meio do caos instalado e, por que não, do próprio lulopetismo.
Vale salientar que, certamente, o “Movimento Brasil” não nasceu do dia para a noite na cabeça de Michel Temer, embora seja um protagonista essencial, mas deve já estar sendo costurado há algum tempo por cabeças pensantes e responsáveis pelos destinos de nosso País - que Graças a Deus ainda temos - com apoio de estrategistas políticos.
Há observar, agora, o jogo de xadrez para ver quem ganha na candidatura à corrida presidencial, não descartando o próprio Michel Temer!
Joice Quadros. Economia, Mercado e Política. Bacharel em Jornalismo (UFRGS). Jornalista, Professora e Pesquisadora, com obras publicadas. Especialista em Comunicação Empresarial, Educação e Meio Ambiente. Nasceu em Santo Ângelo(RS). Mora em Criciúma (SC).
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