O MUNDO DOS NEGÓCIOS

A importação gera desemprego: mito ou verdade?

Por Redação Portal Engeplus

Em 25/08/2017 às 13:35
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Foto: Divulgação
Especial - Beatriz de Luca

A quebra das barreiras comerciais entre os países é um caminho sem volta. Desde os fenícios, no ano 12 a.C., a humanidade busca neste ou naquele país mercadorias que não consegue produzir por escassez de matéria-prima ou falta de mão de obra qualificada. E mesmo com evidências tão claras da necessidade do comércio internacional, ainda repercutem pensamentos contrários à importação no Brasil.

O desemprego está no topo dos questionamentos sobre o assunto e é frequentemente apontado como consequência da abertura de mercado para as importações. Para o especialista em negócios internacionais, Marcelo Raupp, a associação de desemprego e importação se assemelha ao que aconteceu com as indústrias quando a automatização se massificou.

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“Muitos pensavam que a implantação de máquinas na indústria nacional geraria desemprego quando, na realidade, atuou como estímulo para que surgissem profissionais mais bem qualificados no mercado, dando também mais padronização aos nossos produtos e competitividade às nossas empresas”, analisa.

Segundo Raupp, a importação também tem este papel, mas desta vez, tornando a própria indústria mais competitiva. “Afinal, se compramos algo mais barato e de melhor qualidade lá fora, a culpa não é dos chineses e sim, da falta de competitividade dos nossos produtos”, explica. “A importação não gera desemprego, mas sim, novos empregos com maior qualificação. E esta é uma boa oportunidade para nos aperfeiçoarmos”, completa.

Além disso, seguindo a lógica dos fenícios na antiguidade, muitos produtos importados pela indústria e comércio nacional não são fabricados no Brasil por falta de matéria-prima ou por simplesmente não termos o know-how para transformá-las. “Grandes empresas brasileiras nem existiriam se não fossem as importações porque não há produção local dos insumos necessários. E esta questão não é levada em consideração na balança do desemprego”, explica Raupp.

Para o especialista, no atual cenário mundial, nem cabe mais a discussão sobre se as importações são ou não benéficas. “O que precisamos é capacitar nossos empresários para atuarem de forma competitiva frente às ameaças do mercado externo, bem como, ensiná-los a tirar o máximo de proveito dos negócios internacionais”, conclui. 

Mais informações:

marcelo.raupp@unq.com.br
www.unq.com.br www.omundodosnegocios.com.br

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