Por Redação Portal Engeplus
Em 19/10/2017 às 15:20Há 45 anos, surgia uma das marcas de vestuário mais representativas da região:a Confecções DeLucca. Com o perfeccionismo de um alfaiate, Seu Jorge, como era conhecido o fundador da empresa, produziu os ternos de toda uma geração. Hoje, os trajes continuam sendo fornecidos através dos conhecimentos deixados e alcançam quase todos os estados do país.
O atual presidente da empresa, Jorge Luiz De Luca, filho do fundador e participante ativo desde o começo das atividades, lembra das dificuldades passadas. “Meu pai conhecia muito o produto e era um vendedor nato. Ele viajava por todo o estado com a minha mãe Esmeralda vendendo seus produtos, pois os representantes não conseguiam fazer com a mesma eficiência”. Por aqui, o filho trabalhava dia e noite para suprir a ausência do pai. “Meu pai sempre falava que a empresa ia ser grande e dependia de todos os esforços da família no começo. O sucesso aconteceu naturalmente com o tempo por toda a dedicação implantada”, complementa De Luca.
Apesar de o tempo ter sido favorável em alguns aspectos, quando as mudanças começaram a acontecer muito rapidamente, tornou-se um adversário à continuidade do negócio. O perfil familiar da empresa dificultava a atualização de alguns conceitos que haviam funcionado no passado, mas que já não tinham o mesmo resultado. Afinal, a concorrência tornara-se muito mais acirrada e o mercado muito mais dinâmico com diferentes e novas exigências.
Por essa mesma característica conceitual, as importações da empresa eram sempre pontuais e sem continuidade. Elas aconteciam apenas quando não havia alternativa. Com isso, os resultados não eram satisfatórios. O tempo e o custo dos processos de importação eram em geral desconhecidos e o planejamento sacrificado pela falta de conhecimento na área.
Há quatro anos, no entanto, a empresa decidiu colocar o comércio exterior como parte estratégica. Incluiu no seu planejamento as oportunidades internacionais e começou a usufruir dos benefícios possíveis em parceria com a UNQ Import Export, empresa especializada no ramo. De Luca explica como este processo aconteceu.
“Víamos a importação como um bicho de sete cabeças pelos problemas que já havíamos enfrentado como, por exemplo, atrasos de mais de 60 dias na aduana. A necessidade do mercado nos fez buscar capacitação para podermos usufruir das oportunidades e, com a participação da UNQ, os resultados têm sido alcançados”. Com isso, o paradigma começava a ser quebrado e os benefícios a serem sentidos.
Além de melhores custos alcançados na China e na Índia, a qualidade foi um diferencial encontrado. Conforme o responsável pelas compras da empresa, Ricardo Pereira, “o custo da compra dos tecidos reduziu 50% e, embora pareça contraditório, a qualidade aumentou significativamente”. Em geral, a matéria-prima da empresa não é produzida no Brasil e é necessário comprar o produto importado. No passado, a empresa comprava de fornecedores que importavam e revendiam. “Depois que começamos a importar diretamente, todo o conceito de produto é desenvolvido por nós, já que vamos direto à fonte e não passamos pelo filtro dos revendedores. Além disso, conseguimos manter exclusividade na maior parte dos tecidos, diferenciando a marca no mercado de alfaiataria”, complementa Pereira.
A importância deste processo estratégico de internacionalização é ratificada pelo testemunho do atual presidente “Se não fossem as importações feitas com capacitação e planejamento, talvez, não estivéssemos mais aqui”. Hoje, a empresa importa 70% dos seus insumos com benefícios em custos e qualidade, o que proporciona competitividade para buscar novos clientes. “As exportações também fazem parte do nosso planejamento. Estamos estudando alguns mercados para entender como podemos atendê-los da melhor maneira, sem colocar em risco o mercado local e o fornecimento internacional continuado”.
Mais informações:
marcelo.raupp@unq.com.br
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