Magistério

Sinte exige medidas urgentes para corrigir defasagem salarial

Ofício reúne uma série de reivindicações econômicas e estruturais da categoria

Por Redação Engeplus

Em 31/01/2025 às 19:24
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Foto: Comunicação Sinte-SC

O Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Santa Catarina (Sinte/SC) entregou nesta sexta-feira, dia 31, um documento oficial ao governo estadual exigindo medidas concretas para corrigir a defasagem salarial histórica do magistério catarinense.

O ofício reúne uma série de reivindicações econômicas e estruturais da categoria, baseadas em compromissos assumidos pelo próprio governo e na necessidade urgente de valorização da educação pública. Entre os principais pontos apresentados no documento, destacam-se:  

Correção das perdas inflacionárias – Mais de 80% dos professores do estado acumulam perdas salariais desde a última revisão, em 2021. O Sinte/SC reivindica um reajuste linear de 23% sendo 18% referentes à reposição inflacionária e 5% de ganho real.

Aplicação integral do novo Piso Salarial Nacional – O piso nacional foi atualizado para R$ 4.867,77, mas Santa Catarina continua com um piso de R$ 4.600,00. O sindicato exige a aplicação do novo valor no início de carreira e o pagamento retroativo a 1º de janeiro de 2025, conforme compromisso firmado pelo governo na última audiência, em 12 de dezembro.  

Descompactação da tabela salarial com uso de 100% dos recursos do Fundeb – O governo já declarou publicamente que utilizaria integralmente os recursos do Fundeb para melhorar os salários. O Sinte/SC cobra o cumprimento dessa promessa, que representaria um adicional de aproximadamente R$ 750 milhões na folha do magistério.  

Reajuste do vale-alimentação – Desde janeiro de 2024, a inflação dos alimentos aumentou 7,69%, sem qualquer correção no auxílio-alimentação. O sindicato reivindica a atualização para R$ 600,00.

Revogação do desconto de 14% sobre os salários dos aposentados – A taxação segue prejudicando quase 27 mil professores aposentados, mesmo após mudanças graduais. O Sinte/SC exige a revogação total da cobrança para aqueles que recebem abaixo do teto do INSS (R$ 8.092,54).  

Melhorias no SC Saúde – As reclamações sobre o plano de saúde dos servidores aumentaram em 2024, especialmente no interior do estado. O sindicato cobra ampliação da rede credenciada e melhorias no atendimento, conforme debatido na audiência pública da Alesc em julho de 2024.  

Mobilização em curso: categoria pode endurecer luta.

Diante da gravidade da situação, o coordenador do Sinte-SC, Evandro Accadrolli, ressalta que a categoria já planeja novas mobilizações e ações de pressão para garantir que o governo cumpra suas promessas e corrija as injustiças históricas contra o magistério catarinense.  

“Não vamos aceitar mais enrolação. A categoria já deu provas de que está disposta a lutar por seus direitos, e a mobilização vai crescer nos próximos dias. Se o governo não apresentar respostas concretas, poderemos partir para atos mais contundentes, inclusive paralisações e mobilizações em todo o estado", afirmou Accadrolli.  

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O coordenador ainda enfatiza o apelo por respeito, valorização e condições dignas de trabalho. “O governo tem em mãos os recursos e a responsabilidade de garantir uma educação pública de qualidade para todos. Agora, a categoria espera ações concretas”, finaliza. 

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