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Moda Sustentável: empreendedora de Criciúma aposta em consumo consciente e abre dois brechós

Espaços estão localizados na rua Visconde de Cairú no bairro Santa Bárbara

Por Rafaela Custódio -

Em 09/02/2022 às 08:58
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Foto: Rafaela Custódio/Portal Engeplus

Com o objetivo de promover a moda sustentável e o consumo consciente, a empreendedora Manuela Goulart começou a vender as roupas das filhas há seis anos e, atualmente, possui os brechós Divino Armário e Tisquinho de Gente, visando roupas de criança e também para adultos. Os espaços estão localizados na rua Visconde de Cairú, no bairro Santa Bárbara, em Criciúma. 

A ideia da empresária surgiu com a venda on-line das roupas da filha mais velha, Victória. "Eu tinha ganhado a Rafaela, minha filha mais nova, porém em casa eu possuía roupas da Victória. Eu acabava perdendo e doando algumas peças que não serviam e não estavam mais sendo aproveitadas e juntei tudo para doar. Entretanto, nesse meio tempo, eu voltei a trabalhar no escritório, pois sou formada em comércio exterior e administração, mas eu sabia que em algum momento eu poderia deixar a empresa, pois havia uma pessoa a mais no setor. Comecei a me questionar sobre este fato e sonhei com a minha avó, que já é falecida, e ela me dizia no sonho para vender as roupinhas que eu tinha em casa e, do sonho, iniciei as vendas", lembra. 

O primeiro contato com as vendas surgiu on-line pelas redes sociais, porém diversas pessoas começaram ajudar e o negócio de Manuela começou a ganhar uma proporção que ela não imaginava. "Morei oito anos nos Estados Unidos, sempre ia em brechós e encontrava roupas boas, e comecei também a pensar sobre isso", recorda. 

No primeiro momento, Manuela continuou trabalhando no escritório e vendia as roupas durante a noite. "A minha primeira venda on-line demorou três meses, mas eu visitava clientes. Pedi demissão e com meu marido Rafael, que é corretor de imóveis, criei um espaço atrás da empresa para guardar as roupas. Isso aconteceu depois de três meses do projeto iniciar", conta. 

Em 2016, Manuela alugou uma sala na rua Cecília Darós Casagrande e abriu seu primeiro espaço para os clientes. "Era uma sala pequena e tínhamos apenas roupas de crianças, porém a demanda do adulto surgiu e começamos também a ter esta procura. Abrimos uma loja próxima, entretanto, queríamos que os dois espaços estivessem ligados um ao outro. Em agosto de 2021, nos mudamos para o atual endereço", lembra Manuela. 

Consumo consciente 

Manuela conta que a sustentabilidade e o consumo consciente são metas dos dois brechós. "Antigamente eram repassadas as roupas em gerações, mas atualmente não temos mais tanto isso. Prezamos pela qualidade, as peças são novas, não tem furo, não está embolado, temos que selecionar. A moda gira tão rápido, muita coisa com etiqueta. Nós também compramos roupas dos consumidores, mas é 50% do valor da loja e 50% da cliente", detalha. 

Preconceito 

A empreendedora ainda ressalta sobre o preconceito que existem com os brechós. "Nós temos mais de 30 mil peças, porém todas são avaliadas. Muita gente chega aqui e se surpreende com o espaço. Vale ressaltar que prezamos pela qualidade", comenta. 

Pandemia do coronavírus 

A empresária revela que a pandemia do coronavírus trouxe ainda mais consumo consciente. "Foi um choque em março de 2020. Mas pensei em continuar trabalhando. Fiquei três dias em casa e depois fui para a loja, mas com a porta fechada e trabalhando pelas redes sociais. Na época, esfriou rápido e as mães não tinham roupas de frio para as crianças, precisavam comprar e nos procuraram, porém não podíamos atender na loja então fizemos um trabalho pelas redes sociais e deu certo. Chegamos a ficar sem estoque infantil", recorda.  

Concorrência 

Manuela conta que apoia novos brechós na região e é importante as pessoas entenderem sobre sustentabilidade e também consumo consciente. "Temos mercado para todo mundo. O sol nasce para todos. Sempre que alguém me questiona e quer tirar dúvidas, explico os passos e não nego as informações", ressalta. 

Futuro 

Atualmente, Manuela possui quatro funcionárias e adianta que pode abrir filiais. "Quando comecei, eu trabalhava sozinha e hoje tenho uma equipe. Não imaginava que isso pudesse acontecer. Tenho uma equipe nota 10 e parceira. Posso abrir filiais, sim, e posso inaugurar um espaço em São Paulo. Tenho um irmão e uma cunhada lá e é um projeto que está no papel, mas tenho os pés no chão", afirma. 

Quer conhecer mais sobre os brechós e outlet? Os espaços atendem de segunda a sexta-feira, das 9 às 18 horas, e sábado, das 9 às 12 horas. Clique aqui e confira as redes sociais (Divino Armário e Tisquinho de Gente).

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