Criciúma

Donna Ferragens: insumos para móveis com acabamentos sofisticados e que refletem o desejo do cliente

Empresa oferece, por exemplo, puxadores para armários, janelas, portas e gavetas

Por Samuel Borges - samuel.borges@engeplus.com.br

Em 03/05/2024 às 14:01
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Foto: Samuel Borges/Portal Engeplus

Uma loja que oferece insumos para a fabricação de móveis, com ferragens de acabamento sofisticado para atender aos mais variados clientes. Este é um dos propósitos que levaram as irmãs Vanessa, Milena e Priscila a montarem a própria loja, a Donna Ferragens, que atende no bairro São Luiz, em Criciúma. Hoje, com espaço físico e loja virtual, o negócio oferece, entre outros produtos, puxadores para armários, portas e gavetas de diversas linhas e estilos.

O empreendimento surgiu em 2020, por uma iniciativa de Vanessa e Milena Cadorin Nicolete, com 43 e 37 anos respectivamente. As duas irmãs acumularam experiência em outra empresa de segmento semelhante. “Eu cuidava da parte comercial, enquanto a Milena era do administrativo. Trabalho na área há quase 23 anos, e nessa última empresa eu estava há 19 anos, enquanto a Milena estava há 13”, conta Vanessa. Além de voltar a atenção para produtos de sofisticado acabamento, o intuito das irmãs era vender componentes diferenciados, com uma grande gama para compor as linhas de produtos.

A empreendedora conta que foi dessa experiência que surgiu o desejo de abrir a própria loja. "A ideia veio da minha paixão pelo mundo da marcenaria, mas principalmente pelo mundo das ferragens, que oferece um grande número de soluções e produtos. Eu gostava de entender e explorar, ir a feiras e pesquisar sobre os produtos, entender quando o fornecedor nos trazia uma nova solução, para agregar à marcenaria e encantar o consumidor final", explica.


Empresa oferece insumos de acabamento sofisticado para a fabricação de móveis. (Fotos: Samuel Borges/Portal Engeplus)

Donna

O nome da loja, conforme conta a sócia, vem da necessidade de facilitar a comunicação com o público e ao mesmo tempo manter a sofisticação. 

"Queríamos um nome feminino, por sermos duas sócias. Ele precisava ser forte, com uma fonética simples que soasse bem. Os dois "N", além de sofisticar a escrita, foi uma ideia para referenciar as duas "Nicoletes" que criaram a revenda", detalha Vanessa.

Adaptação

Um imprevisto no ano de 2020 fez a empresa passar por uma adaptação e, ao mesmo tempo, aproximou a terceira irmã do negócio. A loja abriu as portas em março, período em que começou a pandemia de Covid-19 no Brasil.

"Percebemos que o mercado online vinha crescendo rapidamente, e que existia esse canal que poderíamos explorar. Aí entrou a Priscila, que é da área da tecnologia", relembra Vanessa. Ela conta que a pandemia fez com que as pessoas aplicassem mais o dinheiro na própria casa, e menos em festas e viagens.


Donna Ferragens é um negócio familiar com as irmãs e sócias Priscila, Milena e Vanessa. (Foto: Samuel Borges/Portal Engeplus) 

Priscila, de 33 anos, é irmã de Vanessa e Milena. Foi ela quem colocou em prática o desejo de abrir um site da loja, para entrar no e-commerce. “A gente percebeu que existia esse espaço a ser ocupado. A Priscila se aprimorou muito rápido em vendas no ambiente digital e em pouco tempo o site começou a vender”, afirma. Apesar da maior parcela da Donna ainda acontecer pela loja física, a sócia destaca que o e-commerce segue ganhando espaço.

Abrangência e tamanho da loja

A loja física da Donna Ferragens atende hoje os municípios da faixa litorânea que vai desde Laguna até Três Cachoeiras (RS). Em direção ao interior, o empreendimento atende até a região de Braço do Norte. "Temos três vendedores que atendem esses clientes, cada um com uma região definida", conta Vanessa.

O negócio atende de segunda a sexta-feira, das 8 às 12 e das 13h30 às 18h20. Além das três sócias, a Donna tem uma equipe de mais 13 pessoas, que são divididas entre vendas, administrativo, e-commerce e expedição de produtos.

Já a loja online atende o Brasil inteiro, com uma concentração de consumidores expressiva em São Paulo (SP). "Imaginávamos que por ser bem servida de empresas do ramo, não teríamos tantos clientes em São Paulo. Mas a verdade é que o público das grandes capitais tem grandes dificuldades de deslocamento dentro da cidade. Além disso, o estacionamento de rua é mais caro e a cultura de compra on-line cresceu muito, com o cliente recebendo a compra no conforto de casa", analisa a empreendedora.

Um negócio que gerou outro

Com a adaptação ao ambiente online e aprimoração do modelo de e-commerce, as irmãs tiveram a ideia de abrir um outro negócio, a Tecnodonna. A empresa, localizada no mesmo imóvel, ajuda os clientes a desenvolver os sites de seus negócios. “Entregamos informações sobre como operar, administrar a logística, buscar parceiros financeiros e trabalhar com anúncios”, diz Vanessa.

Como diferencial para os clientes da Tecnodonna, a empresa apresenta a própria experiência com a Donna Ferragens e mostra como dar um pontapé inicial no negócio online. “Nós também passamos por esse processo, temos um site funcional e completo”, destaca a empreendedora. O negócio é gerenciado pela Priscila e pelo marido de Milena, Renam Meinen, jornalista que se juntou às irmãs no negócio digital.


Tecnodonna surgiu da experiência da loja em montar o próprio e-commerce. (Foto: Samuel Borges/Portal Engeplus)

Comunicação e presença digital

A Donna Ferragens não só tem uma loja virtual, mas é atuante nas redes sociais. “O Renam, que é da área da comunicação, tem forte papel nisso. Ele percebeu que é uma oportunidade de personificar a loja, provar que ela existe, fazer o cliente acreditar que receberá a mercadoria e concretizar a venda online”, conta Vanessa.

Além das redes sociais, a loja produz um podcast, trazendo assuntos do mundo das ferragens para o público-alvo. “Buscamos um convidado para falar sobre as novidades e a variedade dos produtos, bater um papo para desenvolver uma proximidade com o cliente”, explica.


Donna.Pod é uma das iniciativas da Donna Ferragens no ambiente digital. (Foto: reprodução/Donna.Pod)

Empreender com planejamento

Vanessa destaca que o sucesso da Donna Ferragens muito tem a ver com o esforço feito muito antes de abrir efetivamente as portas. "O primeiro ponto é ter uma ideia que atenda a uma necessidade de mercado. Mas a gente já tinha plano de negócio bem definido, estabelecendo onde queríamos estar no curto prazo e conseguimos executar esse plano muito bem", diz.

A localização da loja, por exemplo, não foi escolhida ao acaso. “Queríamos essa região porque aqui existem outras lojas de marcenaria e de móveis. O cliente compra o MDF e passa aqui para comprar a ferragem”, explicou a empreendedora, destacando ainda a proximidade com uma rodovia de acesso à cidade e um amplo espaço para estacionamento.


Painéis exibem produtos no interior da Donna Ferragens. (Foto: Samuel Borges/Portal Engeplus)

Vanessa conta que, ao montar o plano de negócios da Donna Ferragens, buscou informações com fornecedores que ela trabalhou durante anos. “Em São Paulo procurei as principais revendas do segmento, visitei as lojas, e pedi dicas para abrir o negócio. Então é preciso conhecer bem o seu segmento antes de colocar a ideia em prática, montar uma equipe que tenha a postura desejada pela empresa e buscar parceiros de confiança”, ressalta.

Além de entender o funcionamento do modelo de negócio pelo ponto de vista das revendas, ela também visitou os futuros fornecedores na tentativa de conquistar parcerias. “Sempre tivemos o ‘pé no chão’. Nosso desafio inicial era administrar os recursos financeiros para executar o projeto da loja. Na época, era um pavilhão com caixas empilhadas. Mas mostrei a esses fornecedores o plano de negócios e o layout de como ficaria nossa loja quando pronta, e o fato de eles já me conhecerem ajudou”, observa. Hoje, os produtos ficam distribuídos na loja em painéis e showrooms que simulam cômodos de uma casa ou negócio.


Loja tem showrooms mostrando produtos. (Foto: Samuel Borges/Portal Engeplus)

Para o futuro do empreendimento, Vanessa pretende continuar aprimorando a experiência de atendimento ao cliente. “É preciso sempre melhorar o processo de venda, para, no futuro, abrir outras unidades em outros lugares. Mas para continuar crescendo, é preciso ampliar de forma organizada, senão o empreendimento retrocede”, analisa.

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