Benefício ao sócio

Ao implantar reconhecimento facial, Criciúma estuda criação de plano de sócio compartilhado

Proposta permite que mais de uma pessoa acesse o estádio usando uma única carteirinha

Por Lucas Renan Domingos e Thiago Hockmüller -

Em 11/10/2024 às 17:50
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Foto: Thiago Hockmüller/Arquivo/Portal Engeplus

O Criciúma tem como perspectiva iniciar a temporada de 2025 com todas as catracas do estádio Heriberto Hülse com reconhecimento facial. O sistema está sendo implantado gradativamente, com etapas de teste. A tecnologia procura aumentar a eficiência e segurança no acesso aos jogos. Por outro lado, impede uma prática comum entre torcedores: o empréstimo de carteirinhas.

Ciente do impacto na presença de público que a medida pode causar e de olho no quadro de sócios, a diretoria carvoeira já estuda alternativas. O clube analisa a criação de um plano compartilhado, onde mais de uma pessoa poderá adentrar ao Majestoso utilizando uma única carteirinha.

“No próximo ano serão abertas vagas para sócios. E estamos analisando modelos de planos que possam contemplar aquelas pessoas que queiram fazer o pagamento em conjunto, de forma cooperativa. Paga-se o plano, mas na carteirinha poderá ser cadastrado mais de um rosto para o reconhecimento facial e daí ela pode ser compartilhada. Mas ainda é um estudo”, enfatizou superintendente administrativo e financeiro do Criciúma, Paulo Cesar Bittencourt.

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Na avaliação da diretoria do Criciúma, a alternativa solucionaria um problema para os sócios que emprestam a carteirinha e estão com receio de serem prejudicados pelo reconhecimento facial. “Há pessoas que fazem negociação de carteirinha. Mas o objetivo é beneficiar aqueles que emprestam pelo bem. Se um pai é titular da carteirinha e não pode ir em determinado jogo, ele pode emprestar ao filho que também estará com o reconhecimento facial cadastrado na carteirinha e vai poder entrar no estádio”, acrescentou.

Benefícios para “check-out”

Por possuir um número suficiente de sócios para quase lotar o estádio Heriberto Hülse, o Criciúma não costuma colocar para venda uma grande quantidade de ingressos, mesmo sabendo que parte dos sócios não comparecem às partidas. Por isso, outra análise que vem sendo feita pelo clube é implantar um “check out”.

“Um jogo contra o Flamengo, por exemplo, podemos colocar o máximo de ingresso para venda, levando em consideração o número de sócios. Muito provavelmente, venderá tudo. Mas se 100 sócios não vão, eles poderiam avisar e recebem um benefício por ter dito que não ocuparia seu espaço. Assim o clube poderia vender o ingresso por R$ 200 e o sócio receber algo em troca, de repente, um desconto na mensalidade seguinte. É uma possibilidade”, acrescentou Bittencourt.

Testes

Duas etapas de testes de reconhecimento facial foram feitas pelo Criciúma na atual temporada. A primeira foi executada com o setor visitante, no jogo contra o Athletico-PR. Todos os torcedores tiveram acesso com reconhecimento fácil sem transtornos. Na segunda etapa, o teste foi com os torcedores do Tigre que não são sócios, ou seja, aqueles que compraram ingressos ou ganharam cortesias. A tentativa também foi executada com sucesso.

“A próxima momento vai ser abrir a possibilidade para os sócios se cadastrarem de forma espontânea. A gente vai avaliar. Se 2 mil se cadastraram, a gente pode direcionar para que todos para o portão número 6, porque lá tem a catraca de reconhecimento facial.  Se 10 mil se cadastraram, é metade dos nossos sócios, então a gente pode deixar já metade dos portões com esse acesso. A gente não pode gerar um caos porque não há essa necessidade, não há uma obrigatoriedade, nós estamos com o tempo e a gente precisa ir de forma bem gradativa”, reforçou. Atualmente o Criciúma tem um quadro de 17 mil sócios.

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