Por Lucas Renan Domingos -
Em 04/06/2024 às 18:05Depois de ser a primeira atleta paralímpica a disputar os Jogos Pan-Americanos, a criciumense Bruna Alexandre fez história mais uma vez. Nesta terça-feira, dia 4, a Confederação Brasileira de Tênis de Mesa (CBTM) confirmou a convocação da mesatenista para as Olimpíadas da França de 2024, entre os dias 26 de julho e 11 de agosto.
Com isso, a criciumense será a primeira atleta da história do Brasil a representar o país nos jogos olímpicos e paralímpicos em uma mesma edição de Olimpíadas. “Dos meus 29 anos de idade, são 22 anos de carreira no tênis de mesa. E com certeza era um dos meus maiores sonhos estar nos jogos olímpicos, representar as pessoas com deficiência e mostrar que tudo é possível”, comemorou a atleta.
Ela já estava sabendo da sua convocação desde a noite do último domingo, dia 2, quando o técnico da Seleção Olímpica de Tênis de Mesa, Jorge Fanck, ligou para Bruna em uma chamada de vídeo para comunicá-la que ela estaria em Paris. Atual terceira colocada no ranking mundial de atletas paralímpicas e número 173 no ranking olímpico. A atleta confessa que vivia a expectativa da convocação para a França.
“Eu estava ansiosa. Mas não tem como ter certeza de uma convocação até que ela aconteça. É um nível muito alto, são muitas meninas concorrentes. Ao mesmo tempo, eu estava confiante, porque sempre joguei o tênis de mesa olímpico e paralímpico e estou muito feliz em conseguir esta convocação. Sai de Criciúma com 16 anos e não imaginava que chegaria até aqui”, enalteceu.
Convocados
Além de Bruna, o tênis de mesa feminino brasileiro será representado na França pelas irmãs Bruna e Giulia Takahashi e ainda por Laura Watanabe (reserva). O time masculino terá Hugo Calderano, Vitor Ishiy, Guilherme Teodoro. Leonardo Iizuka será o reserva.
“Conseguimos criar um ambiente bem positivo neste time. Uma construção de equipe que vem nos permitindo alcançar feitos importantes, desde a classificação, em Cuba, às participações nos Jogos Pan-Americanos de Santiago e o desempenho histórico no Mundial de Busan, na Coreia do Sul. Todas as meninas estão jogando muito bem, vamos fortes para esses Jogos Olímpicos", disse Jorge Fanck.
Criciumense quer o ouro no paralímpico
Bruna possui quatro medalhas paralímpicas. São três bronzes e uma prata. Em 2020, conquistou a prata no individual e bronze por equipes nos Jogos Paralímpicos de Tóquio, no Japão. No Brasil, nos Jogos Paralímpicos do Rio de Janeiro, em 2016, ganhou bronze no individual e por duplas. Desta vez, ela busca um ouro.
“Sei que as Olimpíadas será um nível muito alto de competitividade para ganhar. Se eu não ganhar medalha, ganharei experiência para os Jogos Paralímpicos. Depois das Olimpíadas, já ficarei na França para treinar com a equipe paralímpica. Então já estarei acostumada com a mesa, com o fuso horário para tentar ficar em primeiro na Paralimpíadas”, destacou.
Foto: Mauricio Val e Wallace Teixeira/CBTM
Carreira
Aos seis meses de vida, Bruna teve que amputar o braço direito por consequência de uma trombose, provocada por uma injeção mal aplicada. A jovem começou no tênis de mesa aos sete anos, influenciada pelo irmão. Até 2009, competiu em torneios apenas para atletas sem deficiência.
Aos 16 anos se mudou de Criciúma para São Paulo onde viu sua carreira decolar. Além das medalhas paralímpicas, Bruna foi medalhe de ouro nas duplas e bronze no individual no Mundial da Espanha 2022 e bronze no individual e por equipes no Mundial da China 2014.
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