Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br
Em 09/06/2024 às 19:33O Criciúma tinha a chance de subir três posições na classificação da Série A, mas acabou goleado em casa pelo Cuiabá e estacionou na porta da zona de rebaixamento. No final, sob gritos de vergonha, os jogadores deixaram o campo levando nas costas um sonoro 5 a 2 diante do até então lanterna da competição. A última vez que o Criciúma sofreu cinco ou mais gols, foi justamente na Série A, em 2014, contra o Botafogo.
A sofrível tarde deste domingo, dia 9, foi justificada pelo técnico Claudio Tencati. Primeiro, o treinador reconheceu os erros da equipe, depois direcionou duras críticas ao árbitro Bruno Arleu de Araújo, que carrega o escudo Fifa. E por fim, tratou de não individualizar a derrota e responsabilizou jogadores e comissão técnica pelo fiasco.
Atacante Eder, em ação contra o Cuiabá. (Foto: Celso da Luz/Criciúma E.C)
“Neste momento temos que pedir desculpa, manter o nível de personalidade, confiança e seguir a vida. Da mesma forma quando ganhamos com placares melhores e não nos exaltamos, não vamos morrer com essa derrota. É tudo muito prematuro. Começamos organizados, mas, após sofrer o primeiro gol, nos perdemos completamente. Não nos encontramos”, avaliou.
Durante a avaliação, Tencati lembrou o momento de reação da equipe na etapa final e cobrou postura da arbitragem em função da cera promovida pelos jogadores do Cuiabá. E mandou uma mensagem para Wilson Luiz Seneme, presidente da Comissão de Arbitragem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
“Buscamos os gols, a ofensividade e construímos melhor. Aí vou mandar um recado para o Seneme: criticam muito os jogadores por suas posturas, muito os treinadores, mas o árbitro hoje foi pipoqueiro. Porque não expulsou o Walter? Porque não deu amarelo antes pra ele? Aí quando estava 4 a 2, o goleiro caiu, fez cera, tiveram as três substituições. Cadê a postura da arbitragem? Ele simplesmente negligenciou”, argumentou.
Foi um dia terrível, horrível em um contexto tático e técnico. Se tivesse sete ou mais substituições, até faríamos. Estávamos vivendo um momento de esperança, hoje há desconfiança e descrença. O que construímos neste período foi por água abaixo.
Claudio Tencati, técnico do Criciúma
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Tencati excluiu da reclamação lances capitais do jogo, como no primeiro gol, quando Higor Meritão foi desarmado no meio-campo e o Cuiabá abriu o marcador logo depois. O treinador reconheceu o acerto da arbitragem.
“Infelizmente tenho que concordar com a arbitragem. Não foi falta. Temos pedido: não para de competir, de disputar. Foi um erro nosso. Não foi uma apresentação boa de todo mundo. Tivemos um péssimo trabalho, tentamos reagir e não conseguimos. Substitui porque percebemos que se continuássemos daquela forma poderíamos sofrer o quarto gol no primeiro tempo”, avaliou.
Erros coletivos, técnicos e táticos
O Criciúma volta a campo na próxima quinta-feira, dia 13, quando visita o Athletico Paranaense na Arena da Baixada, em Curitiba. Tencati agora tem a missão de corrigir os erros coletivos para jogar contra o 5º colocado da Série A. Aliás, erros que o próprio treinador carvoeiro reconheceu e ampliou a conta para a parte tática e técnica.
“O rendimento individual e coletivo estiveram abaixo da média. Teve questões táticas e não coloco as responsabilidades só neles. Tivemos um dia tecnicamente ruim e taticamente da mesma forma. Tivemos um jogo muito pobre”, refletiu.
Com o resultado deste duelo atrasado da 6ª rodada da competição, o Criciúma estaciona na 16ª colocação, com 5 pontos. O Cuiabá, que ainda não tinha vencido e marcado gols na Série A, subiu para a 19ª colocação, agora com 4 pontos. Também na quinta, o time do técnico Petit visita o Cruzeiro, no Mineirão, em Belo Horizonte.
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