Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br
Em 06/01/2025 às 13:43Zé Ricardo está apresentado oficialmente como treinador do Criciúma. O técnico, anunciado no dia 18 de dezembro, conversou com a imprensa na manhã desta segunda-feira, dia 6, e falou sobre os desafios que enfrentará no Tigre, sobretudo a missão de reformular o elenco, a luta pelo tricampeonato Catarinense e pelo acesso à Série A do Brasileirão.
De fala tranquila, Zé Ricardo se disse feliz e preparado para conduzir a equipe carvoeira neste que será o primeiro trabalho dele em uma equipe catarinense. “O nosso acerto foi muito rápido porque tinha certeza que estava vindo para um clube com uma história grandiosa e que eu poderia atingir os meus objetivos pessoais dentro de uma construção de um objetivo coletivo. A expectativa é muito grande de fazer um trabalho como fez o Tencati, de conquistas, reformulação e de uma história muito grande”, disse.
O último trabalho de Zé Ricardo foi no Goiás, onde foi anunciado no final de 2023, mas foi demitido em março do ano seguinte. Lá, foi atrapalhado por crise política dentro do clube e também pelas eliminações no Campeonato Goiano e na Copa Verde. Desde então, ficou sem clube até aceitar o desafio no Tigre.
“O tempo que fiquei sem trabalhar, fiquei observando os sinais que os clubes dão. Dentro das possibilidades que apareceram, a do Criciúma chamou atenção pela seriedade com que o clube trabalha com o futebol e o respeito que tem por seus profissionais e treinadores. Entendemos que seria uma possibilidade muito boa e encaramos realmente como uma retomada importante na carreira. O clube é grande por dois motivos: por sua torcida e pelas relações humanas que ele estabelece”, explicou.
Reformulação do elenco
O novo treinador do Criciúma sabe que terá a missão de contribuir na reconstrução do plantel. São 21 saídas de atletas e poucas contratações até o momento. Além de observar a base, motivo que contou pontos na escolha da direção por ele, Zé Ricardo reconhece a necessidade de incorporar ao elenco novos atletas, mas também se mostra contente com as permanências já anunciadas pela diretoria, caso de lideranças importantes, como o capitão e zagueiro Rodrigo e o lateral-esquerdo Marcelo Hermes.
“Certamente a gente vai trazer novos atletas, até pelo número de saídas. Realmente é uma reformulação muito grande. Fiquei muito feliz com aqueles que ficaram, são atletas importantes. E com a chegada de alguns meninos que se integraram a categoria profissional e com os que vão chegar, esperamos ter uma equipe com o DNA do Criciúma, que seja competitiva, aguerrida e que não deixe de jogar bola, porque essa é a minha característica. Não posso precisar o número exato, mas certamente virão para todos os setores da equipe”, afirmou Zé Ricardo.
Primeira missão
Com Zé Ricardo integrado ao grupo, o Tigre segue a pré-temporada e deve fazer um jogo-treino durante este período. O clube tenta contatos para definir o adversário, mas não descarta realizar um confronto usando jogadores da própria categoria de base.
O primeiro jogo da temporada está marcado para o dia 19 de janeiro, quando o Criciúma recebe o Concórdia no estádio Heriberto Hülse. Além dos três pontos para a tabela do Campeonato Catarinense, o confronto também decidirá o campeão da Recopa. Zé Ricardo explicou a importância de iniciar a temporada com título.
“A Recopa traz um significado para a temporada. Todos os jogos têm significado de decisão. E conseguir fazer com que os atletas tenham este sentimento no primeiro jogo será um grande sinal para o resto da temporada. O nosso primeiro jogo tem esse sentimento, lembrando que conta ponto para o Catarinense e talvez isso tenha uma importância tão grande para iniciar o ano pontuando”, argumentou.
Sobre Zé Ricardo
José Ricardo Mannarino, 53 anos, possui a Licença Pró de formação para treinadores da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) e é instrutor da CBF Academy. Ele comandou a base do Flamengo até 2016, quando assumiu o time principal e foi efetivado. No Rio, ele também foi técnico do Vasco da Gama e do Botafogo. O profissional ainda comandou o Fortaleza, Internacional e Cruzeiro. Fora do país, ele trabalhou no futebol do Catar e no Japão, no Shimizu S-Pulse, antes de comandar o Goiás.
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