Brasileiro, técnico da Coreia do Sul destaca momento no Sul de SC e fala da vivência com atletas

O técnico da seleção de vôlei da Coreia do Sul é brasileiro e o primeiro estrangeiro a comandar uma equipe nacional masculina no país. Issanayê Ramires liderou o time que foi derrotado para a Seleção Brasileira de Novos (Sub-26) na tarde deste domingo, dia 6, em Criciúma, por 3 sets a 1, com parciais de 29x27/16x25/25x23/25x21.

Ramires destacou que a Coreia do Sul perdeu nos pequenos detalhes. “A gente sabe do potencial de saque e bloqueio do Brasil. E nós vamos trabalhar para a próxima partida superar essas dificuldades. O nosso objetivo é entrar no circuito internacional de uma forma mais contundente”, comentou.

A Coreia do Sul se classificou para o Mundial depois de 11 anos. “Nós estamos sentindo falta de alguns jogadores aqui. O nosso levantador titular não está aqui, alguns ponteiros não estão, mas a gente tem que seguir desenvolvendo o trabalho. E nada melhor do que uma equipe de alto nível como o Brasil para estar nos ajudando nesse momento. E o mais importante é colocar a nossa equipe em momentos de pressão”, ressaltou.

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O comandante da Coreia do Sul destacou a pressão que a torcida de Criciúma fez. “Nos momentos de dificuldade, precisamos saber lidar com a torcida contra e a gente tendo que ter um foco maior. Então, tudo isso aqui para a gente hoje foi um grande aprendizado para a gente crescer cada dia mais nos próximos jogos”, comentou.

Santa Catarina

Ramires tem relação com Santa Catarina, já que seus filhos que são atletas de vôlei já atuaram no estado. “Eu só tenho a agradecer a Santa Catarina, é um estado muito belo. Eu costumo passar férias aqui com minha família. Minha filha joga aqui em Jaraguá do Sul, meu filho já jogou também em Jaraguá do Sul. Tenho grandes amigos aqui. Para mim é uma grande honra ter a oportunidade de desenvolver a minha equipe aqui em um ambiente que proporciona tudo o que a gente precisa para esse momento”, afirmou.

Idioma

Por ser brasileiro, Ramires comentou que está aprendendo o idioma coreano. “Falo pouquíssimas palavras. Eu tenho um tradutor que é brasileiro, ele nasceu aqui no Brasil e com 12 anos foi para a Coreia do Sul, pois os pais são coreanos. E alguns atletas já falam inglês bem também”, explicou. “Então, assim, o mais importante é que quando as pessoas têm vontade de se comunicar, elas conseguem. Então isso é o mais importante. Os atletas compraram a ideia do trabalho”, completou.

Ele comentou ainda sobre ser o primeiro técnico estrangeiro a comandar a seleção masculina da Coreia. “Eles estão super motivados com essa relação. Sou o primeiro treinador estrangeiro da seleção da Coreia. No feminino já teve, mas no masculino, não. E está sendo uma atmosfera e uma química muito boa entre a gente. Eu espero seguir assim”, frisou.

Coreia e Brasil

Ramires detalhou como são os seus dias. “No momento, eu tenho exclusividade com a seleção da Coreia. Então, eu não trabalho na temporada de clubes, ou seja, fico na Coreia durante a temporada de seleções. Depois eu retorno para o Brasil e de tempo em tempo eu vou para lá e tenho a oportunidade de estudar mais também”, pontuou.

Próximos jogos

Além de Criciúma, as cidades de Balneário Arroio do Silva, Cocal do Sul e Tubarão receberão o amistoso. Os bilhetes para o jogo de Tubarão já estão esgotados. Restam poucos ingressos disponíveis para o duelo em Cocal do Sul, no dia 8.