Por Lucas Renan Domingos - lucas.domingos@engeplus.com.br
Em 18/07/2025 às 17:06O Conselho Deliberativo do Criciúma recomendou que a Diretoria Executiva adote medidas cautelares de restrição orçamentária e financeira. O posicionamento veio após um relatório emitido pelo Conselho Fiscal do clube que apontou déficit de R$ 6 milhões no segundo trimestre e uso de 99% do orçamento estimado para toda a temporada para o futebol profissional.
A orientação do Conselho Deliberativo é de que a Diretoria Executiva adote as recomendações cautelarmente até que os conselheiros avaliem os dados apontados pelo Conselho Fiscal. Entre os pontos sugeridos pelo conselho estão, em síntese:
I - Suspensão imediata de novos atos de gestão que impliquem em aumento de despesas, antecipação de receitas, renovações contratuais que resultem no incremento de custo não provisionado e assunção de compromissos parcelados com vencimento em exercícios futuros, exceto os previamente aprovados e justificados documentalmente.
II - Vedação à cessão definitiva (parcial ou total) de direitos econômicos de atletas vinculados ao clube, que caracterize renúncia de receita e sem contrapartida financeira justa, concreta e formalizada, devidamente compatível com o padrão técnico do atleta e os parâmetros atuais de mercado
III – Apresentação, no prazo de 15 (quinze) dias corridos, de proposta de retificação orçamentária
IV – Suspensão de novas contratações de atletas ou profissionais sem análise prévia de impacto financeiro e justificativa técnica documentada, com comunicação ao Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal.
Na avaliação do Conselho Deliberativo, o relatório do Conselho Fiscal “revela possível descumprimento de diretrizes orçamentárias previamente aprovadas, bem como risco de agravamento do desequilíbrio financeiro da entidade, ferindo princípios de responsabilidade e transparência”.
No documento encaminhado para a Diretoria Executiva, o Conselho Deliberativo ainda acrescenta que “a presente recomendação não tem caráter punitivo ou vinculativo, mas constitui instrumento legítimo de autocontenção institucional e responsabilidade gerencial, pautada em princípios estatutários, na boa governança e na preservação do equilíbrio econômico-financeiro do clube”. A diretoria pode avaliar se acata as recomendações ou não.
Além do déficit no segundo trimestre e do uso de 99% da receita prevista para o futebol profissional, os dados do Conselho Fiscal apontaram a utilização de recursos da Liga Forte destinados ao imobilizado para finalidades distintas; a assinatura de contratos sem conhecimento pleno de seus termos pela gestão atual; a ausência de proposta de retificação orçamentária; a falta de mecanismos de controle, governança e acompanhamento institucional sobre renovações, contratações e cessões de direitos e pagamentos significativos em luvas, comissões e transferências (R$ 7.237.329,39), com parcelas a vencer até janeiro de 2027.
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