Por Texto/Foto: Nícola Martins - nicola@engeplus.com.br
Em 22/08/2011 às 14:45Em Decreto publicado nesta segunda-feira no Diário Oficial da União, a Receita Federal fixou preço mínimo para os maços de cigarro. A nova norma passa a valer no dia 1° de novembro e prevê aumento gradual até 2015. A intenção é estabelecer parâmetro para as vendas e auxiliar no combate ao fumo. De 1° de novembro deste ano a 31 de dezembro de 2012, o valor mínimo será de R$ 3. Em 2013, o valor mínimo será de R$ 3,50. Em 2014, R$ 4, atingindo o valor mínimo de R$ 4,50 por maço de cigarro a partir de 1° de janeiro de 2015.
Para Edionei Vieira, proprietário de um bar no Centro de Criciúma, a nova determinação não terá efeito no combate ao fumo. “Quem fuma esporadicamente pode ser afetado, mas quem é viciado compra o mais barato, independente da marca”, diz ele. Atualmente, o preço médio de um maço de cigarro é de R$ 5.
Fumante há 30 anos, Cláudio Antunes diz que o custo do maço não vai mudar seu hábito. “Hoje fumo um maço que custa R$ 3,75. Se ele aumentar de preço, eu continuo comprando. As pessoas com menor poder financeiro, vão comprar o mais barato porque existe procura”, explica ele.
Ajuda no combate – De acordo com o presidente do Conselho Municipal Antidrogas de Criciúma (Comad), Manoel Rozeng, a proposta de aumento gradual é da Organização Mundial de Saúde (OMS). “O aumento ajuda no combate porque quando dificultamos o acesso estamos atingindo e impedindo principalmente que crianças, adolescentes e pessoas de renda baixa adquiram o produto”, salienta Rozeng.
Em Criciúma, nos últimos dez anos, foi possível observar uma redução nas vendas. “Diminuiu a venda, mas aumentou o número de dependentes. Essa redução deve-se ao forte trabalho realizado pelas secretarias e pelo Ministério da Saúde”, completa ele.
Propaganda – O presidente do Comad, Manoel Rozeng, ainda lembra a influência que teve o fim da publicidade de marcas de cigarro na mídia nas campanhas de combate ao uso de cigarro. Desde 2000 é proibido qualquer tipo de propaganda nos veículos de imprensa. “Quando a mídia deixa de ganhar com os cigarros, ela atinge o público de uma maneira positiva e ajuda no combate”, explica ele.
“O grande problema está na intensificação das propagandas por meio das festas. As indústrias estão abordando o usuário ou o possível usuário usando estratégias dentro das festas”, salienta. “E o cigarro e o álcool são as portas de entrada para as outras drogas”, conclui.
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