Um namorado

Um namorado de aluguel

Por Nícola Martins - nicola@engeplus.com.br

Em 15/12/2011 às 16:21
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Foto: Foto: Reprodução
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Um namorado de aluguel. Assim se intitula João* (nome fictício). Ele trabalha como companhia para mulheres que querem ir a festas e eventos, mas gostariam de um namorado para aquela ocasião específica. “Começou como uma brincadeira, uma amiga perguntou se eu não queria ir a uma festa com ela, fui e pensei que isso poderia me render um dinheiro extra. Fomos até de mãos dadas”, explica ele. “Mas faço questão de ressaltar que não faço programa e nem me prostituo, trabalho apenas como uma companhia nos eventos”, completa alertando.

O anúncio em jornal deu resultado. Nos primeiros meses a procura foi intensa. “No final de ano existem muitas festas de empresa e casamentos. Vou, em média, a uma ou duas festas por semana”, destaca João. O trabalho rende a ele cerca de R$ 1.300 por mês. O namorado de aluguel ainda tem emprego fixo em uma empresa, onde trabalha oito horas por dia.

As clientes de João são mulheres que variam dos 20 anos até a meia-idade. “Algumas pedem algo mais (sexo), mas só faço quando quero, para firmar que não é prostituição, e sim um namorado de aluguel”, frisa ele. O valor do serviço varia de acordo com a pessoa e a festa. “Elaborei uma tabela para basear o preço. Tem algumas festas em que se cobra mais e outras menos”, conta ele. “Também filtro bastante os locais que freqüento e procuro me informar sobre as festas para não encontrar conhecidos”.

Quando o evento acaba, o contato com a mulher, em muitos casos, continua via Messenger. “As meninas são muito legais e queridas. Com a maioria eu mantenho contato, o que é bem interessante”, ressalta João.

Concorrência – Ele não sabe se há concorrência na região. “Converso com a grande maioria das meninas e elas comentam que não conhecem quem trabalha neste ramo na região e nem eu sei de alguém que faça este serviço”, explica João, que incentivou um amigo. “Contei o que faço para um colega que mora em Florianópolis e ele está interessado em começar a trabalhar como namorado de aluguel por lá também”, completa.

História – Das histórias já vividas pelo namorado de aluguel, uma ele relaciona como a mais engraçada. “Saí com uma menina e fui a uma festa com ela. Chegando lá, estava o ex-namorado de uma prima. Ele até agora deve acreditar que sou namorado da menina. Se ele ainda namorasse minha prima, teria de explicar meu trabalho pra ele”, conta João. Questionado sobre apresentações a famílias, ele disse que ainda não foi a evento em que a contratante o apresentou como namorado.
 

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