Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br
Em 26/11/2018 às 12:25Completou no último dia 22 de novembro uma década dos deslizamentos de terra e enchentes que vitimaram 135 pessoas no Vale do Itajaí. E a equipe Multi-Institucional da Solidariedade de Criciúma e região, responsável por diversas campanhas de cunho social, relembra a participação em apoio às vítimas daquele trágico desastre ambiental.
Segundo números do próprio órgão, foram doados mais de 500 toneladas de alimentos e outros materiais, como cobertores e roupas. Além disso, foram mais de 100 civis envolvidos no mutirão, que resultou em quatro comboios somando um total de 17 carretas, nove caminhões de cargas e oito caminhões do 28ª GAC.
Os mantimentos foram direcionados principalmente para as localidades de Morro do Baú em Ilhota e para o município de Penha. Conforme dados da equipe Multi-Institucional, foram mais de 40 famílias alcançadas com os donativos.
Criciúma foi importante para que estas pessoas recebessem as doações de forma adequada. O centro de triagem montado no Vale do Itajaí apresentava dificuldades em funcionar, então a região se comprometeu em receber caminhões de todo o país, realizar a triagem, e direcionar as cargas para os pontos adequados. “Lembro que eu fiquei mais na retaguarda, fazendo a coordenação. Havia uma mobilização nacional pedindo doações para o Vale do Itajaí. Fomos estratégicos para encurtar o caminho. As doações chegaram mais rápidas e nos locais menos assistidos”, lembra o presidente da Cruz Vermelha, Almir Fernandes, que na época atuou como voluntário.
Da tragédia, à solidariedade
Estes caminhões deram suporte e vieram de todo o canto, mas aqui na região também houve mobilização. Por exemplo, de Tubarão chegou uma carreta cheia de água, sem contar a quantidade de voluntários que aparecia
Almir Fernandes, presidente da Cruz Vermelha
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Após a união efetiva de forças do Exército, Polícia Militar, Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Cruz Vermelha, em ajuda às famílias atingidas pelos deslizamentos e alagamentos, foi fortalecida a ideia da equipe Multi-Institucional.
Almir Fernandes conta que depois daquela situação surgiram inúmeros projetos humanitários e que crescem ano após ano. Exemplo disso é a Campanha do Agasalho, o Passeio Ciclístico e a Campanha de Natal, aliás, está última está ativa (saiba como doar clicando aqui). “Foi o precursor do que temos hoje. A equipe nasceu ali com a mobilização. Hoje continua e com maior efetivo. Trabalhamos como uma ponte entre que doa e quem precisa de doações”, afirma Fernandes.
Os deslizamentos de terra e enchentes de 2008 foi a pior catástrofe ambiental registrada em Santa Catarina e estima-se que dois milhões de pessoas tenham sido atingidas pelo desastre.
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