Por Redação Engeplus
Em 12/02/2019 às 22:40As Comunidades Terapêuticas prestam serviço às pessoas com transtornos decorrentes do uso, abuso ou dependência de substâncias psicoativas. Como a maioria das instituições dessa natureza, a Comunidade Terapêutica Águas Vivas, de Criciúma, não tem fins lucrativos. A sua sustentabilidade econômica e financeira depende de doações de terceiros e do trabalho de voluntários, mas que ainda não suprem na totalidade as demandas. As famílias que possuem condições financeiras pagam uma mensalidade, no entanto na maioria dos casos isso não acontece, já que cerca de 80% são procedentes de famílias de baixa renda, miseráveis ou até mesmo em situação de rua, 20% deste total.
Com foco em arrecadar recursos para sua manutenção a comunidade realiza no sábado, dia 16 de fevereiro, um pedágio solidário em sete semáforos de Criciúma, das 8h às 12 horas. “É importante que a comunidade em geral ajude e participe do pedágio em função das dificuldades econômicas que a instituição enfrenta. A sociedade sabe que o uso abusivo de drogas hoje é um problema crescente, por isso é importante que a comunidade participe ativamente desses trabalhos voluntários para combater esse grande mal”, destaca o diretor da comunidade terapêutica, Nicásio José da Silveira.
Considerando os dados alarmantes apresentados com significativa quantidade de dependentes químicos e da tendência exponencial de seu crescimento, a direção da comunidade planeja dobrar a capacidade de atendimento para 32 residentes. Para isso, já está em fase de construção um novo abrigo com dormitórios, área para recebimento, armazenamento de alimentos e preparação de refeições e ainda um refeitório.
Esse projeto de reforma tem como objetivo principal ampliar as instalações de acolhimento e melhorar a qualidade do atendimento oferecido. Para isso acontecer, conforme o diretor, será preciso comprar móveis para as novas instalações, incluindo: armários, roupeiros, beliches e colchões. A construção conta com a doação de materiais e está sendo construída pelos próprios residentes. “Essa é uma grande obra que vai acolher muitas pessoas e precisamos conclui-la com urgência tendo em vista o número de pessoas que estão caindo no mundo das drogas e do álcool”, destaca.
Comunidades terapêuticas são importantes para recuperação de dependentes
De acordo a FEBRACT (Federação Brasileira de Comunidades Terapêuticas), a média mundial é cerca de 35% das pessoas que frequentaram uma CT deixaram permanentemente de consumir drogas. A comunidade não se destina a todo tipo de dependente, já que deve ser aceita voluntariamente e que o residente é o principal ator no processo de reabilitação, ficando a equipe multiprofissional com o papel de proporcionar apoio e ajuda.
Desde sua fundação a Comunidade Terapêutica Águas Vivas já tratou quase 500 pessoas. A instituição iniciou os trabalhos com capacidade para apenas quatro pessoas e hoje tem capacidade para 16 pessoas e normalmente está com sua capacidade lotada.
O tempo de estadia na Comunidade, conforme Silveira, não pode ser mensurado exatamente. Conforme ele, desde a chegada do dependente, alta e acompanhamento pós-alta, são realizadas atividades como: laborterapia; atividades de educação em saúde; lazer, grupos com família, atividades de lazer, atividades complementares, grupos terapêuticos, tempo livre, atendimento clinico e atendimento psiquiátrico/psicológico. “Esse tratamento não tem um prazo específico, pode variar de um a nove meses, dependendo da resposta e a evolução do paciente”, completa.
Colaboração: Janine Limas
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