Por Rafaela Custódio -
Em 29/01/2021 às 11:59Ciclistas que utilizam a BR-101 Sul estão solicitando a retirada das ondulações transversais de sinalização da via, conhecidas como tachões. Segundo Estevan Búrigo e Silva, que pratica triathlon, os tachões estão ocupando todo o acostamento. Com isso, quem utiliza bicicleta precisa passar próximo aos carros.
“Nossa reclamação é em relação a uma melhoria específica que estão fazendo na rodovia. Antes e depois dos acessos de entradas e saídas da rodovia, estão colocando tachões, do tipo olho de gato que, mesmo pequenos, são um problema para os ciclistas. Esses tachões são colocados enfileirados diagonalmente em toda a extensão do acostamento, formando várias faixas, da borda externa da pista dos carros até o final do acostamento. As bicicletas que usamos, com pneus finos, como as Speed e Contrarrelógio, são muito sensíveis a buracos e obstáculos na pista. Por qualquer descuido podemos nos acidentar. Como esses tachões estão ocupando todo o acostamento, ou passamos por cima deles em velocidade extremamente baixa e com o máximo de cuidado para não cairmos ou desviamos deles, indo para a pista dos carros, o que é extremamente perigoso”, descreveu.
Silva destaca que nenhum esportista é contra as obras realizadas pela CCR ViaCosteira, que é responsável pela concessão da rodovia federal. “As obras, apesar de atrapalharem um pouco o ciclista, são essenciais para a conservação e manutenção, que visam dar mais segurança aos motoristas. Não estamos reclamando disso, pelo contrário. Como eventualmente também usamos a rodovia como motoristas, achamos isso muito bom, são pontos que precisam melhorar”, relata.
“Entendemos e reconhecemos a importância deles para a sinalização aos motoristas, principalmente à noite, pois refletem a luz dos faróis. Gostaríamos que fosse deixada uma faixa no acostamento sem esses tachões, aproximadamente 30 centímetros, na borda mais distante da pista dos carros. Isso já seria suficiente para passarmos por esses trechos, sem perigo de queda ou necessidade de reduzir a velocidade”, sugere Silva.
“É importante ressaltar que, para os treinos de ciclismo de estrada e triathlon (que tem o ciclismo como uma das modalidades), geralmente tem-se a necessidade de pedalar por longos períodos e por longas distâncias, por isso a vantagem de se usar a BR-101. O uso de ciclovias é inviável por causa da velocidade que se atinge nos treinos de ciclismo, que frequentemente é acima dos 30 km/h. Além disso, na nossa região, de forma geral, as ciclovias são mal conservadas, de trechos muito curtos e comumente utilizadas para a locomoção de trabalhadores ou lazer”.
Estevan Búrigo e Silva, atleta de triathlon
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CCR ViaCosteira
Além dos tachões, outro ponto reivindicado pelos ciclistas são as estruturas metálicas em Sombrio (foto ao lado esquerdo). Todavia, a CCR Via Costeira informou por meio da assessoria de imprensa que a ferramenta faz parte da manutenção. “Estamos realizando a manutenção da estrutura metálica do viaduto. As defensas são necessárias para a segunda parte dos andaimes e equipamentos utilizados no local. A obra está sendo finalizada e a defensa dos acostamentos será retirada. A chuva atrasou o cronograma”, diz a nota. Até a publicação desta matéria, a ViaCosteira não havia respondido sobre os tachões na rodovia.
“Com o início das obras na rodovia da nova concessionária, alguns transtornos ocorrem, mas estamos cientes de que são necessários. Embora a rodovia exista principalmente para o trânsito de veículos, os ciclistas não têm opções mais adequadas para treinos de ciclismo. Em geral, as demais rodovias da região não têm uma conservação tão boa ou não têm acostamento adequado para o ciclismo”, enfatiza Silva, que frisou que os ciclistas não querem que os tachões sejam retirados por completo.
A CCR ViaCosteira é responsável pela administração de 220,4 quilômetros da BR 101, no Sul do estado de Santa Catarina, região de grande importância agroindustrial e turística por contar com algumas das mais belas praias do Brasil. A concessão passa por 19 municípios, entre Palhoça e Passo de Torres, na divisa com o Rio Grande do Sul. A ViaCosteira responde, ainda, pela operação da Ponte Anita Garibaldi, em Laguna, e pelos Túneis Morro do Agudo, em Paulo Lopes, e Morro do Formigão, em Tubarão.
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