Por Jessica Rosso Crepaldi - jessica.rosso@engeplus.com.br
Em 27/03/2023 às 18:49Uma iniciativa inédita em Criciúma, em parceria com farmácias tem o intuito de fazer o depósito correto de blisters (cartelas) de comprimidos usados. A parte metálica que fica vazia após o uso, e que vai para a lixeira de casa pode causar muitos danos à natureza.
Farmacêutico há 30 anos, o suplente de vereador no município, Paulo Padilha, conhecido como Paulo da farmácia, teve a ideia de criar o projeto ‘Recicle Correto’, que consiste na colocação de bombonas artesanais de cerca de 300 litros em farmácias para arrecadar esse material, que depois é encaminhado a uma empresa - um destino encontrado por ele - em Curitiba. A mesma reaproveita as cartelas na reciclagem para a fabricação de portas.
“Sabemos que durante a reciclagem as cartelas de comprimidos, por serem pequenas, acabam passando despercebidas e, assim, o plástico e o alumínio continuam nos depósitos de lixo degradando o nosso meio ambiente. Uma pessoa jamais vai deixar de pegar uma garrafa pet em troca de uma cartela de medicamento, logo, a ideia é focar nesses pequenos detalhes que, por mais que sejam pequenos, causam grandes danos ao ecossistema”, afirmou Paulo.
Neste momento estão sendo solicitadas para as empresas que tiverem interesse em ajudar, a doação das bombonas de plástico. A princípio o projeto necessita de no mínimo 20 bombonas para ter início. Paulo criou uma amostra de como devem ficar as bombonas. O telefone para contato é: (48) 9 9838-4125.
“Para se ter uma ideia em termos de números, Criciúma é um mercado hoje de 15 milhões de medicamentos vendidos por mês. Então o nosso propósito é começar pelas farmácias e depois ir para supermercados”, contou.
Valor arrecadado será revertido para instituto
O valor arrecadado com a venda das cartelas será revertido para o Instituto de Educação Especial Diomício Freitas, que atende atualmente 74 alunos de 14 a 35 anos de idade.
“Tivemos uma reunião com os pais na última quinta-feira, e as pessoas comentaram que tem sacos cheios desse material em casa. Então acho que só o fato de conscientizar as pessoas que essa atitude ajuda o meio ambiente e vai ajudar outras pessoas, tenho a certeza de que vai ser um sucesso”, comentou Ana Maria Alano, que é uma das voluntárias do instituto.
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