Criciúma

Acélio Casagrande sobre saída da Secretaria de Saúde: ‘saio com a sensação de dever cumprido’

O diretor-geral da Secretaria Municipal de Saúde, Deivid Freitas, assume a pasta

Por Rafaela Custódio -

Em 10/04/2024 às 11:45
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Foto: Samuel Borges/Portal Engeplus

O secretário municipal de Saúde de Criciúma, Acélio Casagrande, deixará a pasta nesta sexta-feira, dia 11, para focar suas forças nas eleições municipais, porém ainda não divulgou para qual cargo político. O diretor-geral da Secretaria Municipal de Saúde, Deivid Freitas, assume a pasta 

Casagrande afirmou que deixa a Secretaria de Saúde com a cabeça erguida. “Saio com a sensação de dever cumprido, dei tudo de mim, com a experiência que tive em Brasília, como Secretário de Articulação Nacional, como Deputado Federal, depois como Secretário adjunto do Estado e Secretário de Estado da Saúde. Por passar por tantas áreas e tantos caminhos, deixo uma pasta totalmente diferente de como eu assumi”, garante. 

Segundo o secretário, a pasta hoje está com 95% dos profissionais concursados estabilizados. “Passamos pela pandemia da Covid-19 e após assumir em 2019, já iniciamos um processo de se preparar para aquilo que o mundo já prometia que estaria para acontecer. Iniciamos mesmo antes da pandemia chegar no Brasil, um processo de organização de pessoas, profissionais, infectologistas, pneumologistas, uma equipe que começou a estudar como que seria essa pandemia no país”, lembra.

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Para Casagrande, os resultados em Criciúma foram evidenciados para o Brasil. “Tivemos os melhores resultados [na pandemia], exportamos experiências como os Centros de Triagem, o Centro de Reabilitação. A história da pandemia também nos deu uma experiência muito grande. Criamos o Telesaúde, Teleconsultoria, Telemedicina para especialidades, que nós já estamos agora em prática. O nosso Melhor em Casa que atende a domicílio, o nosso atendimento que hoje é exemplo para o Brasil também do Complexo Santo Agostinho e práticas alternativas de atendimento, de multiprofissionais, de parcerias com a universidade”, frisou. 

Hospital Materno Infantil Santa Catarina

O secretário também falou sobre os hospitais da cidade. “Recebi um diagnóstico nacional de quanto o Hospital Santa Catarina tem uma qualificação no atendimento. Nós temos o nosso Hospital São José que de R$ 8 milhões do contrato com Sistema Único de Saúde (SUS) passou para R$ 12 milhões ao transferir ele para o Estado. Então são ações que mexem com a vida das pessoas, então ao sair da Secretaria preciso agradecer ao prefeito Clésio Salvaro pela oportunidade e por apoiar os projetos. Quando você faz uma ação em Criciúma, você não faz apenas para a cidade e, sim, para todo o Sul de Santa Catarina”, comenta. 

Ao ser questionado sobre os atendimentos e reclamações do Hospital Materno Infantil Santa Catarina, o secretário foi enfático. “Existem momentos sazonais, onde as mudanças de temperatura, e este ano a mudança veio um pouco antecipada, no que se diz doenças respiratórias e isso modifica os atendimentos. Nós contratamos a UPA do Rio Maina para atender 6 mil pessoas, ela atende 12 mil, contratamos a UPA da Próspera para atender 7 mil pessoas, ela atende 12 mil, de 15% a 20% dessa população não é de Criciúma, da mesma forma no Hospital Santa Catarina. Tínhamos na unidade três médicos atendendo, hoje temos cinco. O esforço, ele está sendo feito, mas ainda precisamos avançar mais, ainda há o que fazer, sim, porque o número cresce de pessoas”, observa. 

Para o secretário, a porta de entrada do Hospital Materno Infantil Santa Catarina tem dado transtorno. “A mãe e o pai que chegam a unidade, assim como vai num plano de saúde, demora 3 ou 4 horas para serem atendidos, é ruim, é óbvio. Se coloca no lugar daquele pai, daquela mãe que está ali esperando com a criança, muitas vezes com febre, mas a prioridade que é urgência é atendido na média de 30 a 45 minutos, da mesma forma nas UPAs. Mas quando a mãe está com a criança com febre, logo ela lembra de levar para o Santa Catarina. Então, muitas vezes a eletiva que poderia estar indo para uma unidade de saúde ou para a UPA, acaba indo para o Santa Catarina. Então, tudo isso é questão de irmos administrando. Acho que essa queixa ela procede, mas principalmente nesse período de doenças respiratórias”, afirma. 

Telemedicina

Casagrande adiantou que Criciúma vai começar a trabalhar com Telemedicina. “Nós já vamos entrar no telemedicina, já deixamos tudo organizado, e está sendo licitado. Um serviço que será 24 horas. No telemedicina vai ter a consulta on-line com o clínico geral. Hoje já estamos fazendo com algumas especialidades”, comenta. 

Vacinas 

O secretário ainda falou da importância das vacinas. “Quantas pessoas eram internadas por pneumonia, por síndrome respiratória? Eram muito mais pessoas antes de existir a vacina. Quantas pessoas deixaram de ser internadas, de se agravar e ir a óbito? Diminuiu a mortalidade. A expectativa de vida das pessoas aumentou. O número de idosos hoje em Criciúma é de mais de 35 mil pessoas. É significativo o aumento na expectativa de vida. Isso tem, sim, a ver com a vacina. A vacina evita o óbito, a vacina melhora a qualidade de vida das pessoas. Nós temos que sensibilizar novamente as pessoas de que a vacina, ela protege, ela aumenta a imunidade, ela faz com que as pessoas sejam fortalecidas. Eu acho que essa campanha de sensibilização e de mobilização é fundamental”, finaliza. 

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