Criciuma a Urussanga

SC-108: terrenos de onde serão extraídos materiais para a obra ainda não foram desapropriados

Vereadores de Cocal do Sul procuraram o governador para pedir soluções

Por Lucas Renan Domingos -

Em 19/07/2024 às 14:39
imagem da noticia
Foto: Rafaela Custódio/Arquivo/Portal Engeplus

Depois de uma reunião com a Setep que apontou o risco de nova paralisação das obras de revitalização e duplicação da SC-108, vereadores de Cocal do Sul levaram o assunto ao governador de Santa Catarina. Jorginho Mello reiterou que os R$ 60 milhões no prazo de dois anos prometidos para a continuidade das obras está garantido, mas confirmou entraves nas desapropriações.

Dos mais de 16 quilômetros de rodovia a serem revitalizados, nove ficam dentro dos limites de Cocal do Sul. É no município também que estão localizados os terrenos a serem desapropriados e de onde serão extraídos materiais a serem utilizados nas obras da SC-108. Durante a reunião com a empreiteira, os parlamentares foram informados da falta de licenças ambientais, mas no encontro com o governador ficou sanado que as liberações foram efetuadas pelo Instituto de Meio Ambiente de Santa Catarina (IMA).

“A empresa nos informou que a chuva atrapalha, o solo está encharcado. Mas a grande dificuldade mesmo são as desapropriações que ainda não aconteceram. A estimativa é de que elas custem de R$ 5 milhões a R$ 10 milhões. O governador Jorginho Mello nos garantiu que aqueles R$ 60 milhões anunciados meses atrás estão garantidos, mas é preciso avançar com a negociação com os donos dos terrenos”, disse o vereador de Cocal do Sul, Gilson Clemes.

Continua após anúncio
Fim do anúncio

Na próxima quarta-feira, dia 24, uma nova reunião acontecerá com o secretário adjunto da Secretaria de Estado da Infraestrutura e Mobilidade (SIE), Ricardo Grando. O objetivo do encontro será buscar esclarecimentos sobre as negociações de desapropriações e pedir celeridade para vencer a etapa burocrática.

Vereadores e prefeito em exercício de Cocal do Sul, Erik Zeferino, em reunião com Jorginho Mello - Foto: Divulgação

“Para trabalhar, a empresa precisa ter os materiais disponíveis, que serão extraídos desses terrenos. Então, a Setep está de mãos atadas, fazendo trabalhos mínimos para seguir com o contrato. É a maior obra de infraestrutura do estado, que foi assinada no governo anterior, mas foi uma atitude eleitoreira. O que a gente espera quando uma ordem de serviço é assinada, é que as licenças e desapropriações estejam feitas, mas não foi isso que aconteceu”, frisou o vereador.

Além da cobrança pelo avanço das obras, a preocupação é com a segurança de quem trafega pela rodovia. É que buracos foram abertos às margens da pista para a duplicação e não foram mais fechados, o que gera riscos aos motoristas. “Acredito que muitas pessoas entraram com ações contra o estado por conta dos danos ao patrimônio causado pelas obras, então tem que haver uma solução”, enfatizou.

A revitalização e duplicação da rodovia foram autorizadas em setembro de 2022, mas paralisadas depois da troca de governo em Santa Catarina, por conta da revisão do orçamento do estado, sendo retomadas no mês de junho. O trecho a ser revitalizado e duplicado possui uma extensão de 16,4 quilômetros, partindo do encontro com a SC-445, em Urussanga, até a chegada em Criciúma. O projeto também contempla o contorno viário do lado Leste de Cocal do Sul, a etapa mais cara do projeto. Estima-se que, diariamente, mais de 22 mil veículos utilizem o trecho da rodovia.

Leia mais sobre:

geral,

obras,

Cocal do Sul,

sc-108.

Receba as principais notícias de
Criciúma e região em seu WhatsApp.
Participe do grupo!

Clique aqui

Confira mais de Geral