Arteris Litoral Sul

Túnel no Morro dos Cavalos não está entre obras previstas para otimização de contrato com concessionária

Fórum Parlamentar Catarinense tenta incluir melhoria na proposta

Por Lucas Renan Domingos -

Em 23/07/2024 às 19:34
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Foto: Divulgação

A construção do túnel no Morro dos Cavalos, na BR-101, em Palhoça, não está previsto na proposta de obras sugeridas para uma possível otimização de contrato com a Arteris Litoral Sul no trecho da rodovia de responsabilidade da concessionária. A informação foi repassada durante audiência realizada na última sexta-feira, dia 19.

O encontro contou com a participação dos representantes do Fórum Parlamentar Catarinense, da Arteris Litoral Sul e da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). A otimização consiste na ampliação do prazo de concessão da rodovia para a concessionária. O contrato vigente se encerra em 2032 e a nova proposta é de esticar o vínculo até 2048.

“Eu participei da audiência representando o Sul de Santa Catarina. Percebemos que havia um rol de obras para o Litoral Norte de Santa Catarina. O túnel do Morro dos Cavalos não está nesta lista. Precisamos de uma mobilização para tentar incluir a obra nesta relação”, falou Geovania de Sá (PSDB), suplente de deputado federal e que atualmente está fora da Câmara dos Deputados.

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A construção do túnel teve um projeto elaborado em 2010, com um orçamento de R$ 700 milhões. Atualmente, a estimativa é de que os trabalhos custem mais de R$ 1 bilhão. A confirmação da projeção orçamentária depende da atualização de projetos de engenharia e ambientais para a execução.

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Risco de bloqueios

A discussão sobre a construção do túnel voltou a ganhar força no último mês de abril. Santa Catarina registrou chuvas intensas no mês e um grande deslizamento de terra no Morro dos Cavalos, interditando a BR-101 por cinco dias.

“Uma nova ocorrência daquela como ocorreu em abril vamos ficar novamente ilhados. Pior que um tráfego lento, é o bloqueio. Pelo Morro dos Cavalos passam diariamente mais de 30 mil carros. É um corredor logístico não só para Santa Catarina, mas também para o Uruguai e Argentina, por se tratar de uma rodovia que cruza o Brasil. Ainda tem que questão turística para o nosso estado”, enfatizou Geovania. 

Reuniões em Brasília

Geovania afirmou que a tentativa de colocar o projeto do túnel nas obras propostas pela Arteris Litoral Sul será intensificada após o recesso parlamentar, em Brasília. Ela acredita que o Governo Federal que o Governo Federal tenha ciência da necessidade da obra e, por isso, o assunto será mais uma vez levado a uma reunião com o ministro dos Transportes, Renan Filho.

“Vamos tentar mostrar ao ministro mais uma vez a importância desta obra sair. Se não for pelo contrato com a concessionária, outra possibilidade é o DNIT (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes) assumir a obra. O que não podemos é deixar o Sul ser mais uma vez prejudicado como foi durante a duplicação da BR-101. Até porque não é somente a região que ficará isolada. Todo o Estado será prejudicado, já que, em abril, que tentou vir do Norte para o Sul durante o bloqueio não conseguiu”, disse.


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Fiesc atenta nas negociações

Nessa segunda-feira, dia 22, o Conselho das Federações Empresariais de Santa Catarina (Cofem) debateu a proposta do Ministério dos Transportes para a renovação do contrato de renovação da BR-101 em Santa Catarina no trecho Norte, hoje sob concessão da Arteris Litoral Sul. Os membros do conselho manifestaram preocupação com as obras e melhorias na rodovia incluídas na proposta e também com a modelagem a ser adotada para a renovação do contrato. 

A proposta de renovação do contrato compreende o lote que inclui a BR1101 entre Palhoça e a divisa de Santa Catarina com o Paraná e sua continuidade até Curitiba (BR 376), além do Contorno Rodoviário de Florianópolis (em construção e que integra a BR-101) e o Contorno Leste de Curitiba (BR-116).   

Também nessa terça-feira, o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Santa Catarina (Fiesc), Mauro Cezar de Aguiar, apresentou a preocupação do setor produtivo em garantir que a BR-101 consiga atender a demanda dos usuários no futuro, considerando o crescimento econômico e populacional de Santa Catarina, que tem sido maior que os dos demais estados, e especialmente do nosso litoral, que tem superado inclusive a média catarinense.

Por isso, a Fiesc encomendou um estudo técnico para identificar quais as obras necessárias para que a rodovia atenda aos usuários com qualidade até 2048 e para fazer uma contraposição ao sugerido na proposta de repactuação.

Na visão da secretária nacional de transporte rodoviário do Ministério dos Transportes, Viviane Esse, a repactuação do contrato é uma portunidade de ter uma rodovia preparada para o futuro. Ela esclareceu que a sociedade catarinense tem a possibilidade de escolher quais as obras prioritárias dentro de um contexto de viabilidade econômica do projeto em relação ao valor do pedágio que os usuários estão dispostos a pagar. 

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