Sul do Estado

Praia Grande mantém suspensão dos voos de balão até o fim desta semana

A medida acompanha a prorrogação do decreto de luto oficial

Por Rafaela Custódio

Em 23/06/2025 às 14:40
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Foto: Anac/Arquivo/Ilustrativa

Após a tragédia que resultou na morte de oito pessoas no último sábado, dia 21, a prefeitura de Praia Grande decidiu estender a suspensão dos voos de balão até a próxima quinta-feira, dia 26. A decisão foi tomada durante uma reunião com representantes das empresas que operam o turismo de balonismo no município na manhã desta segunda-feira, dia 23. 

A medida acompanha a prorrogação do decreto de luto oficial, assinado pelo prefeito Elisandro Machado (Fanica), que estende o período de luto por mais três dias. “É com enorme tristeza que a prefeitura lamenta mais uma vez essa tragédia. Nossos corações estão com as famílias das vítimas. Prestaremos toda a assistência necessária neste momento de dor”, destacou o prefeito. "O município está transtornado. A cidade está de luto, assim como toda a região e até o Brasil. Nosso primeiro compromisso é dar suporte às famílias das vítimas e também uma resposta à população sobre o que aconteceu", acrescentou. 

O município, reconhecido nacionalmente como a capital dos cânions e do balonismo, reforça que a paralisação é temporária e serve também para avaliar os procedimentos de segurança adotados nas operações. 

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Apesar da tragédia, Fanica destaca que o balonismo, quando realizado dentro dos protocolos de segurança, é considerado uma atividade segura. No momento do acidente, cerca de 40 balões estavam em operação na cidade, todos dentro das condições climáticas adequadas.

Sobre o acidente

Na aeronave estavam 20 passageiros e o piloto. Oito pessoas morreram e cinco ficaram feridas, sendo que as demais vítimas conseguiram pular do cesto e se salvar.

Elves de Bem Crescêncio era quem pilotava o balão. A defesa dele, representada pelo advogado Clovis Raupp Scheffer, deu detalhes da causa da queda do balão, que teria sido provocada por um foco de incêndio dentro do cesto da aeronave. Crescêncio ainda tentou conter a chamas, mas não conseguiu.

“O balão estava a 200 metros [de altitude]. Ele começa a descer o balão e orienta os passageiros para que quando tocasse o chão, para que eles pulassem do cesto. As que pularam, foram as conseguiram se salvar. Infelizmente, oito não conseguiram pular naquele momento. O balão tocou o chão e por conta de estar mais leve com descida das outras pessoas ele voltou pro ar e aconteceu a fatalidade”, disse o advogado.

Uma das hipóteses é de quem um maçarico tenha provocado o incêndio. “Ele [o piloto] não deu essa certeza. Agora a gente aguarda a perícia para ver o que ocasionou o incêndio”, emendou Scheffer.

Sobre a empresa 

A empresa dona do balão existe há cinco anos e Crescêncio atua como piloto há três anos e meio. “Ele é experiente, tem mais de 700 horas de voo, todos os cursos possíveis. Ele não é só piloto de balão. Tem envolvimento com vários esportes de aventura. Tem conhecimento e acredito que a experiência do Elves, se é que existe lado bom nessa história, fez ele salvar 12 pessoas. E ele também teve ferimentos, mas já foi liberado”, comentou o advogado. 

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