Por Emanuela Teixeira - emanuela.teixeira@engeplus.com.br
Em 09/07/2025 às 19:30
Esta quarta-feira, dia 9, é o dia mais curto do ano. Isso acontece porque a Terra completará uma volta em seu eixo 1,30 milissegundo mais rápido do que o comum. Normalmente, o planeta leva 86.400 segundos para completar a rotação, completando o tempo exato de 24 horas.
Conforme a gerente do Parque Astronômico de Criciúma, Emanoela Ceron, variações na rotação da Terra não são raras e acontecem há anos. “São pequenas mudanças, mínimas mesmo, cerca de 200 vezes mais rápidas do que um piscar de olhos. Só é possível identificar esta alteração graças a equipamentos de medições extremamente sensíveis”, explicou.
Apesar da diferença não ser motivo para preocupações, as mudanças nas variações do planeta impactam o dia a dia de todos nós de forma quase imperceptível. "Essas variações são tão sutis que, de tempos em tempos, para manter a precisão dos relógios atômicos e dos sistemas de satélite, o IERS (Serviço Internacional de Sistemas de Referência e Rotação da Terra) adiciona um segundo extra ao nosso calendário, chamado de ‘segundo bissexto’”, acrescentou Emanoela.
Não parece, mas impacta
Segundo o Observatório Nacional (ON), unidade de pesquisa vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ainda de acordo com o ON, os dias 22 de julho e 5 de agosto também devem apresentar um encurtamento. Mesmo que imperceptível ao ser humano, as diferenças na duração do dia chegam a milissegundos e são monitoradas desde a década de 1950.
Segundo o pesquisador do Observatório Nacional e diretor substituto da instituição, Fernando Roig, no entanto, variações sazonais e eventos fortuitos, como grandes terremotos, o movimento do núcleo da Terra, a oscilação dos polos geográficos, ou deslocamentos de massa nos oceanos e na atmosfera, também podem alterar temporariamente o momento de inércia do planeta, mudando sua velocidade de rotação.
Além desses eventos, mudanças climáticas em grande escala também podem influenciar esse movimento, por meio do fenômeno conhecido como maré atmosférica, semelhante à maré oceânica. O deslocamento periódico de massas de ar impacta diretamente na rotação do planeta.

Mudanças abruptas na temperatura média da superfície terrestre, como a transição da era glacial para a atual, também já provocaram variações significativas na duração do dia. Há cerca de 600 milhões de anos, por exemplo, o dia durava aproximadamente 21 horas. O parâmetro que mede essas variações é conhecido como duração do dia (length of day, ou LOD, em inglês).
Até 2020, o menor LOD já registrado era de -1,05 milissegundo, indicando que o planeta girou ligeiramente mais rápido. Desde então, esse recorde vem sendo superado quase todos os anos, chegando a -1,66 milissegundo em 5 de julho de 2024. A expectativa é que valores semelhantes sejam alcançados novamente em julho e agosto de 2025.
Outro fator que contribui para esse fenômeno de curto prazo é a órbita da Lua, que afeta a rotação da Terra. O planeta tende a girar mais rápido quando a Lua se encontra mais distante (para o Norte ou para o Sul) em relação ao equador terrestre, o que acontecerá nas datas previstas para os possíveis recordes neste ano.
Ainda não há uma resposta definitiva para explicar por que essas acelerações momentâneas ocorrem.
*Com informações de Agência Brasil
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