Casa Guido apresenta ações no combate ao câncer infantojuvenil em Criciúma

Durante a sessão ordinária dessa terça-feira, dia 15, representantes da Casa Guido, instituição que presta assistência a crianças e adolescentes com câncer no Sul de Santa Catarina, estiveram presentes na Tribuna Livre de Criciúma. A visita buscou dar visibilidade ao trabalho realizado pela entidade, e reforçar a importância do diagnóstico precoce do câncer infantojuvenil.

O presidente da Casa Guido, Rogério Campos, destacou que a missão da instituição vai além do acolhimento. “Infelizmente, os índices dos últimos anos mostram um aumento nos casos de câncer entre crianças e adolescentes, algo que, naturalmente, não gostaríamos de enfrentar. No entanto, diante dessa realidade, buscamos oferecer o melhor: qualidade de vida para os pacientes e seus familiares”, afirmou.

A biomédica patologista e coordenadora do Programa Diagnóstico Precoce da Casa Guido, Ana Caroline Francisco, apresentou dados que reforçam a importância do trabalho de prevenção e atenção à saúde. “Entre 2010 e 2025, tivemos 57% de casos curados e 43% de óbitos na instituição. O diagnóstico precoce é a nossa maior arma contra o câncer infantojuvenil. Hoje, 80% dos diagnósticos realizados pela instituição são precoces, e 30% ainda são tardios”, informou.

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Ana Caroline chamou atenção para o tempo médio de diagnóstico no país, que segundo o Instituto Nacional de Câncer (Inca), gira em torno de seis meses, um número considerado inaceitável pelos profissionais da área.

“Estamos fazendo um trabalho muito forte nas unidades básicas de saúde, onde conversamos com os profissionais e orientamos com relação à doença. Nos colocamos também à disposição para, quando houver um caso suspeito, eles nos procurarem para que possamos colaborar e trabalhar em conjunto”, reforçou.

Nos últimos meses, conforme apresentado pela coordenadora, foram registrados 21 casos em investigação na região, sendo seis deles em Criciúma. Os tipos de câncer mais comuns acompanhados pela Casa Guido são as leucemias, os tumores cerebrais e do sistema nervoso central, os sarcomas e os osteossarcomas.

Colaboração: Edson Padoin/Câmara de Criciúma