Por Vinícius Alexandre - impressoesem60minutos@engeplus.com.br
Em 23/09/2019 às 15:32 - Atualizada há 5 anosO crossover Captur surgiu no mercado europeu em 2013 e desembarcou aqui no Brasil em meados de 2017. De lá pra cá praticamente nada mudou, sendo que algumas pequenas diferenças serão notadas apenas na versão 2020, conforme informações do revendedor e uma nova geração chegando em 2021/2022, seguindo o modelo apresentado recentemente no Salão de Frankfurt, de acordo com rumores difundidos na internet.
Mas Vinícius, que papo é esse de crossover, o Captur não é um Sport Utility Vehicle (SUV)? Sim, e não! Ou não, e sim! A bem da verdade ambas as definições estão acertadas com base na nomenclatura adotada pelo mercado nacional, contudo eu entendo que tecnicamente falando seria mais adequado classificá-lo como crossover.
Explico: ao meu ver um SUV clássico, raiz, digamos assim, exige pelo menos estrutura com chassi e tração 4x4, sendo normalmente derivado de uma caminhonete. Já os crossovers são cruzamentos de características diversas de categorias de veículos, no caso, por exemplo, a derivação de um carro de passeio com base em monobloco, com algumas características de um SUV clássico.
Neste sentido, é certo que não existe consenso a respeito da nomenclatura e aqui mesmo na coluna, em 2017 eu citei um concorrente do carro testado como sendo um SUV (você pode acessar a matéria através deste link), porém deste momento em diante vou adotar essa nova definição.
Mas vale lembrar que ao ouvir por aí que a Captur é um SUV, não está completamente errado também, sacou?
Então passamos agora ao que mais interessa.
Visual e acabamento externo
Embora o carro tenha sido lançado na Europa ainda em 2013 e chegado em terras tupiniquins em 2017 o design é completamente atual e certamente teria fôlego para aguentar mais alguns anos sem parecer defasado.
Suas linhas são bem definidas mas também suaves, dando um aspecto moderno, sem exageros. É bem bonito, bicolor - laranja ocre com preto, e quando foi trazido dos fundos da concessionária chamou a minha atenção e do nosso produtor Eduardo, que mais uma vez esteve me acompanhando durante os testes.
A parte preta do carro não se resume apenas ao teto, se estende um pouco pelas laterais e também colunas, e vai do discreto aerofólio traseiro até o final da tampa do cofre do motor, seccionando a parte laranja na parte central da carroceria, já que na parte baixa os parachoques se integram e invadem as laterais com protetores nas caixas de rodas e portas, mesclando ainda alguns componentes cromados. Baita visual!
Arrematam a parte externa um belíssimo conjunto de rodas de liga leve de 17 polegadas, montados em pneus continental 215/60.
Gostei x Não Gostei
O porta malas surpreendeu. É amplo e tem a base reta, já que o estepe fica preso sob o assoalho.
A falta de amortecedor para controlar a abertura da tampa do motor, algo presente no Renault Sandero testado anteriormente. A tradicional vareta é quase que unanimidade, padrão na indústria, mas não faz sentido o Sandero ter e o Captur não, não é mesmo? Então o que seria algo neutro, resolvi qualificar como negativo.
Visual e acabamento interno
O acabamento interno no geral é de bom gosto, bonito e o acabamento embora utilize material plástico simples em algumas partes, é bem trabalhado e caprichado no desenho e nos encaixes.
Merecem atenção os puxadores de abertura de porta cromados, a existência de retrovisores elétricos e regulagem de altura dos faróis.
O painel de instrumentos mescla itens analógicos e digitais, com conta-giros à esquerda e marcador do nível de combustível à direita. Ao centro o velocímetro com informações do computador de bordo acima e luz indicativa do eco coaching abaixo.
Na parte central do painel/console temos um porta objetos, a central multimídia touchscreen com gps e os comandos do ar-condicionado, tudo bem acessível e com acabamento caprichado.
Gostei bastante dos bancos, com revestimento em couro preto, costuras bem alinhadas e com acabamento “estriado" ao centro, com um plus na existência do apoio de braços rebatível para o motorista e com um formato interessante que integra os apoios de cabeça no encosto, dando a impressão de ser uma única peça.
Trecho urbano
O carro vai bem na cidade e a posição elevada para dirigir facilita bastante em termos de visibilidade, já que o Captur tem uma grande área envidraçada. Não é difícil encontrar uma posição confortável para dirigir, ajustando altura do banco e também do volante, mas acredito que seria ainda melhor se houvesse a regulagem de profundidade da coluna de direção.
Vale destacar também a boa visibilidade proporcionada pelos retrovisores e a existência de câmera de ré, diferenciais que ajudam bastante na hora de fazer baliza naquela vaga apertada.
O motor de 1.597 cilindradas se mostra suficiente para o anda e para do transito urbano e acoplado no câmbio CVT torna o carro gostoso de conduzir na cidade pois consegue manter o motor em uma faixa de torque ideal (acredito que entre 3 e 4 mil rpm) quando se está acelerando para ganhar velocidade e em rotações mais baixas quando rodando mais solto, apenas para manter a velocidade de cruzeiro.
Trecho rodoviário
Confesso que me surpreendi um pouco com o conjunto motor x câmbio no desempenho rodoviário, ficando acima das minhas expectativas. O carro desenvolve velocidade e consegue fazer boas retomadas com naturalidade, sem que isso faça com que muito ruído do motor invada a cabine, que pareceu bem isolada acusticamente.
Não basta acelerar, também tem que parar com segurança, afinal são quase 1.500 kg de peso no momento do teste! Nesse quesito o carro conta com todas aquelas tecnologias essenciais da atualidade, ABS, EBD, etc… e freios com discos na dianteira e tambores na traseira. Obviamente que discos nas quatro rodas seriam bem vindos, mas dadas algumas peculiaridades da construção do carro, em especial a boa distancia entre eixos e a frente curta, fazem com que o carro não tenha muita rolagem frontal em freadas bruscas de emergência.
Nas curvas também se saiu bem, fruto de um acerto “meio termo” da suspensão, conseguindo ter conforto, sem sacrificar o desempenho e segurança. Ainda falando em curvas chamou a atenção o conjunto de pneus que tendiam a “cantar" bastante quando exigidos um pouco mais, embora ainda muito longe do limite de aderência lateral me levando a imaginar que talvez estivessem um pouco abaixo da pressão ideal de calibragem, falha minha, não conferi.
Gostei também do comportamento do carro ao simular uma freada de emergência em curva, se mostrando bem firme, sem aquela tendência de torcer a carroceria e jogar a traseira para o lado externo.
Resumindo, foi uma boa experiência e fiquei surpreso positivamente com alguns aspectos do carro.
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Desta vez, empolgado com o carrão nas mãos, esqueci de deixar nosso produtor Eduardo dar uma voltinha! Que maldade!!!
O carro foi gentilmente cedido pela concessionária Renault Vip Car Criciúma
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