Por Denis Luciano - denis.luciano@engeplus.com.br
Em 16/11/2008 às 17:00Fundado em 15 de novembro de 1945 para abafar uma greve de mineiros da Carbonífera Metropolitana, o Esporte Clube Metropol completou 63 anos de existência nesse sábado. Fruto de suas façanhas, em especial nos anos 60, o clube segue sendo uma memória viva do futebol catarinense. Durante toda a sua atividade no futebol profissional, que se estendeu até 69, o Metropol foi administrado pelo grupo Freitas/Guglielmi.
Até hoje, o Metropol é considerado por muitos como o grande clube da história esportiva de Santa Catarina. No seu auge, foi campeão estadual cinco vezes, nos anos de 1960, 61, 62, 67 e 69. Excursionou, marcando época com grandes craques e célebres confrontos no velho continente, o que valeu ao time criciumense uma condecoração especial da Confederação Brasileira de Desportos.
Em 68, o Metropol participou de uma polêmica nacional. Enfrentava o Botafogo nas quartas de final da Taça Brasil, a principal competição nacional de clubes na ocasião. Perdeu por 6 a 1 no Rio de Janeiro. A volta foi disputada em Florianópolis, e o Metropol ganhou por 1 a 0.
No terceiro, o decisivo confronto, houve empate em 1 a 1. Chovia muito no Rio de Janeiro. O jogo foi encerrado e a CBD mandou o Metropol retornar para Criciúma, até que nova data para o complemento do jogo fosse agendada. A data realmente foi definida, mas o Metropol não teve tempo para viajar, pois fora avisado na véspera. Assim, o Botafogo foi considerado vencedor e posteriormente sagrou-se campeão.
O Metropol sempre mandou seus jogos no antigo Estádio Euvaldo Lodi, denominado João Estevão de Souza desde 1976. Na era profissional, conforme o torcedor Divino Silva, disputou 466 jogos. Foram 265 vitórias, 113 empates e 88 derrotas.
Entre os grandes craques da história do clube, estão o goleiro Rubens, jogador que mais defendeu o Metropol, com 271 partidas, seguido pelo lateral Tenente, com 202 jogos, e pelo zagueiro Hamilton, que atuou 183 vezes. Idésio, o "Tanque", foi o maior artilheiro, com 140 gols, seguido por Nilso, com 83.
Atualmente, o Metropol tem parte da sua estrutura sendo administrada pela Carbonífera Criciúma, mas o ginásio de esporte do clube está em estado de abandono.
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Tigre
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