Raízes no rock

Entre palcos e salas de aula: a jornada musical de Raul Araújo

Artista une carreira de cantor e professor, trabalhando com a música integralmente

Por Emanuela Teixeira - emanuela.teixeira@engeplus.com.br

Em 18/07/2025 às 15:00
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Foto: Divulgação

A música está presente em vários momentos no dia a dia das pessoas, algumas gostam mais, outras menos. Esse não é o caso do cantor natural de Morro da Fumaça, Raul Jeremias Araújo, que além de ter uma banda, decidiu trabalhar com o canto de forma integral. Atualmente, o músico mantém um grupo chamado “Raul e banda”, formado por ele e mais dois integrantes, e ainda ministra aulas de músicas para crianças.

Com o rock como principal ritmo, a banda interpreta sucessos de artistas renomados, mas as inspirações vão além do gênero. Fazem parte do repertório o reggae, heavy metal, Nu metal, hard rock, entre outros. “Minha inspiração no mundo da música é uma combinação de gêneros musicais e artistas. Guitarristas como Slash, Jimi Hendrix. Artistas como Raul Seixas, Chorão, Elvis Presley, Beatles”, destacou.

Araújo já fez parte de outras bandas, se apresentando em diversos municípios da região Sul de Santa Catarina, como Morro da Fumaça, Urussanga, Criciúma e Cocal do Sul.Seu atual grupo, o “Raul e banda” ainda é recente e está em fase de estruturação e ensaio para começar a se apresentar. 

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A música desde cedo

Raul Jeremias Araújo (Divulgação).

O pai do artista, Djalma Santos Araújo, foi o grande culpado para ele seguir a carreira nos palcos. “Meu pai ouvia bastante música, e eu comecei a me apaixonar pelo rock quando era criança ainda. Depois de um certo tempo meu pai começou a dar aulas de música particular, pelo município. Hoje é bastante conhecido na cidade, foi através dele que veio minha paixão por música”, compartilhou.

Sua primeira banda foi formada aos 12 anos e, desde então, ele integrou diversos grupos. Além de cantar, Araújo é multi-instrumentalista. “Toco violão, guitarra, baixo, ukulele, bateria, entre outros”, enumerou. O cantor tem canções de suas autorias prontas, mas que ainda não foram lançadas. “Tenho vontade de lançar um dia”, confirmou. 

De cantor a professor

Junto a paixão pela música, Araújo também herdou do pai o gosto pelo ensino. Ainda jovem, começou a acompanhá-lo nas escolas para o ajudar com as aulas. Até que o cantor passou a lecionar para alunos particulares. Ele até tentou seguir outras carreiras, mas sempre retornava à paixão de estar em meio aos instrumentos e cantos. 

“Com o passar do tempo, trabalhei em outras áreas e empresas. Como eletricista, produtor de embalagem de plástico e sorveteria. Mas sempre acabava saindo do emprego depois de uns três anos para voltar a ensinar”, salientou.

Foi a partir disso que decidiu se dedicar exclusivamente à música. Buscou mais alunos e se jogou de vez na profissão. “Uma vez eu vi que uma escola perto de casa estava precisando de professor de musicalização infantil e dei as caras, mesmo sem ter muita noção de como fazer. Fui contratado e depois fui me especializando mais e pegando gosto pelas crianças. Eu também não tinha experiência pelo fato de não ter irmãos ou sobrinhos. Mas com o tempo fui pegando gosto e me divertindo no trabalho”, revelou.

Uma aula em sua escola “Toca Raul” (Divulgação).

Atualmente o cantor está cursando a faculdade de licenciatura em música e dá aulas de musicalização infantil para duas escolas particulares, também mantendo sua própria escola particular, a “Toca Raul”, onde ministra aulas de forma individual. “A música vai muito além da diversão, ela é uma grande aliada no crescimento das crianças. Estimula a memória, a linguagem, a coordenação motora e até a socialização. Além disso, fortalece a autoestima, ajuda na concentração e favorece o desenvolvimento emocional. Quanto mais cedo a criança tem contato com a música, mais benefícios ela colhe para vida toda”, apontou.

Desafios no cenário local

O Sul do país tem o sertanejo como um dos gêneros mais tocados e conhecidos, o que acaba sendo um desafio para Araújo. “A maior dificuldade no cenário musical em Criciúma é achar lugares para tocar que não sejam sertanejo. Hoje em dia, devido ao público, as casas querem contratar músicos que tocam esse gênero, limitando oportunidades aos artistas”, destacou.

O cantor considera que o berço do gênero do rock seja os Estados Unidos, onde as bandas e cantores têm mais abertura para expandir seus trabalhos. E de onde surgiram os principais artistas do ritmo. “Acredito que os Estados Unidos é o local onde muitas bandas de outros países vão para gravar seus álbuns, mesmo sendo de outras nacionalidades. Eles aprendem o inglês para lançar músicas no idioma, tendo mais chance de expandir para outros países”, ressaltou.

Para conhecer mais o trabalho do músico e professor, acompanhe o seu perfil nas redes sociais, ou no perfil de sua escola de música.

Divulgação

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