Por Willi Backes
Em 07/01/2025 às 20:09
Ao longo dos seus já quase 78 anos de história – 1947 a 2025 – o Criciúma Esporte Clube teve dezenas de Presidentes, todos com raiz sulista, com perfis profissionais particulares amplos e distintos. Nos intramuros do Heriberto Hulse já dedicaram seus tempos na Presidência Comerciantes (6), Advogados (3), Construtores (2), Supermercadista (1), Industriais (08), Político (1), Médico (1), Engenheiro Civil (1), Executivo Remunerado (1), Fiscal da Fazenda Estadual (1), Financista Factoring (1) e agora o 2º Contabilista.
Na expressiva maioria foram profissionais liberais, executivos e empresários bem sucedidos na sua atividade profissional. De forma espontânea ou convocados deram sua contribuição para construção da história do Criciúma EC. Certamente tiveram seus nomes mediáticos promovidos, mas, também certamente, nenhum saiu em condições econômicas melhores do que quando entraram na gestão do clube.
Injustamente a história contada relega a segundo plano e registro, as participações voluntárias e convidadas dos personagens com a atribuição de Diretor de Futebol na agremiação. Os “para-brisas” da presidência, e como o Criciúma EC tem no futebol sua única atividade desportiva, esses personagens foram fundamentais na construção da atividade profissional. Não há como esquecer as raízes e contribuições futebolísticas de Osvaldo Souza, Aderlei Porto, Nério Spilere, Francisco Milioli Neto, Lauro Burigo, Geraldo Farias, Waldeci Rampinelli e agora ainda em prova, Éder Citadin Martins.
SEM A SAF, NÃO HÁ COMO SE SAFAR
Circula nos meios de comunicação esportiva nacional, relação parcial de clubes de futebol da Série A do Campeonato Brasileiro de Futebol, com balanços econômicos de 2024 bons e outros nada inspiradores.
Segunda a relação, o Bahia/SAF deve (R$ 0,0), Fortaleza/SAF (R$ 6,6 mi), Vitória (R$ 180,0 mi), Athlético (R$ 231,3 mi), Grêmio (R$ 526,0 mi), Flamengo (R$ 562,0 mi), Botafogo/SAF (R$ 600,0 mi), Palmeiras (R$ 633,0), Cruzeiro/SAF (R$ 694,0), Red Bul Bragantino/SAF (696,0 mi), Santos (R$ 700,0 mi), Internacional (R$ 756,0 mi), Fluminense (R$ 823,0 mi), São Paulo (R$ 886,0 mi), Vasco da Gama/SAF (R$ 1,1 bi), Atlético Mineiro/SAF (R$ 1,4 bi) e Corinthians (R$ 2,3 bi).
Da relação, o Grêmio e o Palmeiras, apesar de não serem oficialmente uma SAF, possuem formas de arrecadação e patrocínio que se aproxima muito de uma Entidade Empresarial extra patrocinada.
Participam da 1ª Divisão do Campeonato Catarinense de Futebol, os 12 clubes: Avaí, Barra, Brusque, Caravággio, Criciúma, Chapecoense, Concórdia, Figueirense, Hercílio Luz, Joinville, Marcílio Dias e Santa Catarina. O Barra Futebol Clube, de Camboriú, é o único clube da Série A com gestão cooperada e patrocinada de forma diferenciada dos demais. Estes 11 clubes ainda estão no formato tradicional presidencialista e associativo.
E O CRICIÚMA E.C.??? IGUAL OU RENOVADO???
É público e notório que aqui e em todas as partes do planeta em que o futebol profissional é praticado, tornou-se um negócio, um grande negócio e como consequência, muitas responsabilidades. A era dos dirigentes abnegados e dentro das possibilidades dedicados, está por findar, ou irá apequenar os resultados da entidade.
O Criciúma Esporte Clube é reconhecido, admirado e até invejado
em Santa Catarina, como sendo o clube mais bem organizado na sua gestão administrativa e futebolística. Entretanto, se o desejo e angústia conquistadora ultrapassar os limites geográficos, as barreiras financeiras e infraestrutura impostas, reduzirão chances de conquista de uma cadeira cativa nacionalmente. Pulverizar “merchandising” nos materiais esportivos e atrair sócios torcedores com mensalidades extremamente atrativos, não basta. É importante considerar também que o grande número de torcedores no estádio Heriberto Hulse se deve ao nome do adversário em campo.
Sob a dedicação e liderança de Valter Minotto, o Criciúma EC inicia gestão presidencial do clube em tempos de intensa perturbação institucional. Mandato de apenas 1 ano, inicialmente desmobilizado quanto ao grupo de jogadores praticantes e sob desconfiança torcedora.
A gestão dos clubes de futebol profissional com legislação denominada de SAF Sociedade Anônima no Futebol, veio, chegou, está se expandindo e ficará estabelecido, no Brasil e em toda parte. Para o Criciúma EC fazer ou não fazer, é a questão.
Historicamente em Criciúma algumas tentativas no sentido de administrar clube de futebol como em regime empresarial já foram empreendidos. Assim foi no Metropol EC/Freitas e Guglielmi nos anos 60, no EC Próspera/Scremin em 1999, no Criciúma EC através da GA/Angeloni. Os três modelos empresariais foram bem sucedidos, pena o curto tempo de duração. Agora, o Criciúma EC não pode se abster de no mínimo eleger grupo de estudo para elaborar modelo empresarial para gestão do clube e, prospectar realidade financeira – regional e/ou nacional – para transformação próximo possível.
No futebol o espaço para “Entidade Sem Fins Lucrativos” está findando. Urge pensar em “Entidade Empresarial”.
Foto – Presidente Antenor Angeloni, líder das grandes transformações do Criciúma EC.
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