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De Criciúma, a mobilização pelo PRONA em SC

Por Denis Luciano - denis.luciano@engeplus.com.br

Em 22/08/2017 às 23:05
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Foto: Divulgação

Ele surgiu como um cometa nas eleições de 1989. Na primeira disputa presidencial depois de 29 anos, o médico Enéas Carneiro usava 13 segundos com ênfase e anunciava, ao final do curto tempo, o bordão que o celebrizou: “Meu nome é Enéas, 56”. Disputou mais duas eleições para presidente, foi deputado federal e tornou-se a alma e referência do extinto Partido da Reedificação da Ordem Nacional (PRONA). Agora, os seguidores de Enéas querem recriar a sigla.

“Estamos nessa batalha pela memória e em respeito ao legado do doutor Enéas”, afirma o metalúrgico Édson Alexandre Kalsowicz da Rosa, 32 anos, que mora há sete anos em Criciúma. É ele quem coordena, em Santa Catarina, a busca por assinaturas que ocorre em nível nacional para recriação do PRONA.

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“Não está sendo fácil. Até agora só coletamos 160 assinaturas em Criciúma, precisamos de mil aqui”, comenta. “Estamos usando os nossos recursos e apostamos no povo que está cansado da política tradicional”, afirma Édson.

A ideia de volta do PRONA surgiu neste ano através da filha de Enéas Carneiro, Patrícia Lima. “Somos um partido conservador de direita", define Édson, lembrando as bandeiras defendidas pelos seguidores de Enéas Carneiro.

Bolsonaro no PRONA?

Foi notícia faz poucas semanas a possibilidade do ingresso do deputado federal Jair Bolsonaro no PRONA, caso o partido consiga se reestruturar a tempo das eleições presidenciais de 2018. “O próprio Eduardo Bolsonaro, filho do deputado Jair, admitiu isso, disse que seria uma honra concorrer pelo partido de Enéas”, comenta Édson. 

Por enquanto, Bolsonaro segue filiado ao PSC mas está de saída e, por enquanto, mantém conversas mais estreitas com o PEN, que muda seu nome para Patriotas.

O partido de Enéas

Em 89, quando o PRONA nasceu, Enéas fez 360 mil votos para presidente e ficou em 12º lugar naquela disputa. Cinco anos depois e o candidato lá estava de novo. Viveu seu primeiro grande momento na eleição presidencial vencida por Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Com um forte discurso nacionalista, alcançou 4,6 milhões de votos terminando em terceiro lugar, à frente de ícones como Orestes Quércia (PMDB) e Leonel Brizola (PDT).

Voltou a tentar a presidência em 1998, ficando em quarto com 1,4 milhão de votos. Em 2002 candidatou-se a deputado federal obtendo a maior votação do país: 1,5 milhão em São Paulo, carregando consigo outros seis eleitos, frutos do quociente eleitoral. Já com problemas de saúde buscou a reeleição em 2006, acompanhou a fusão do PRONA com o PL no final daquele ano, transformando a sigla no atual Partido da República (PR) e faleceu em maio de 2007.

Quem quiser mais informações sobre o PRONA em Santa Catarina deve fazer contato pelo telefone (48) 99864.9006.

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