Envelhecimento dos alunos da Apae preocupa profissionais
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Por Jussi Moraes - jussi@engeplus.com.br
Em 13/03/2012 às 10:52
Foto: Foto: Divulgação
Qualquer pessoa quando envelhece precisa receber cuidados especiais, já que a caminhada foi longa até chegar à velhice. Quando se trata de pessoas deficientes, as quais precisam de dedicação especial desde o nascimento, na vida idosa os cuidados devem ser dobrados. Esta é a preocupação da equipe de profissionais da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Içara. A instituição atende cerca de 200 pessoas de idades entre 20 anos e 78 anos.
Desde o ano passado a fisioterapeuta especializada em gerontologia, Juliana Scarpatto Mondardo, trabalha para elaborar um projeto voltado ao envelhecimento dos alunos. “O idoso sempre foi excluído na sociedade e os alunos da Apae passam por dois problemas, são excluídos pela deficiência e pela idade”, considera. Ela lembra que eles precisam de médico especializado, assim como dentistas, já que para realizar um tratamento precisam ser submetidos à anestesia geral.
Na última semana a Apae fez uma parceria com a Policlínica Central do Município para aferir a pressão arterial, verificação da glicose e do peso dos alunos. Até o momento 70 alunos foram até o local passar pelos procedimentos. “Para nós é um ganho, pois já conseguimos observar que alguns deles estão com a pressão alta e outros com a glicose alterada. Com isso estamos fazendo uma parceria para colocar uma nutricionista na instituição que indicará as refeições adequadas para os tipos de alunos”, destacou.
A fisioterapeuta lembra que uma dentista também já se interessou em ajudar a instituição e o projeto está ganhando forças. “É um projeto pioneiro e não podemos mais fechar os olhos para o envelhecimento. Na última década a expectativa de vida dos deficientes intelectuais aumentou 20 anos”, revelou dizendo que se preocupa com esta fase dos alunos. “Antes esses deficientes não passavam dos 40 anos. Agora com a velhice, o que nos preocupa, é que os pais acabam morrendo antes e não tem quem cuide deles, pois os parentes não estão preparados e não existem asilos especializados”, relatou.
A meta de Juliana é levantar dados com as outras Apaes da região sobre as idades dos alunos que acolhem. “Diferente das escolas que os estudantes tem certa idade para encerrar os estudos, na Apae eles ficam a vida toda”, elencou. A equipe que integra o projeto na Apae de Içara é composta por uma assistente social, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudióloga, médica e conta com a ajuda dos pedagogos. Os interessados em trocarem informações com a fisioterapeuta podem entrar em contato pelo email jumondardo@hotmail.com.
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