Por Rafaela Custódio -
Em 20/11/2019 às 09:39O período da gravidez é um momento único para uma família. Um misto de sensações entre alegria, ansiedade e muita expectativa em tocar no bebê pela primeira vez. Mas todos esses sentimentos podem muitas vezes se transformar em angústia por parte dos pais quando os bebês nascem prematuros, ou seja, quando nasce antes da 37ª semana da gestação.
Não é uma regra, mas a gestação em média dura até 42 semanas. Porém, em alguns casos os pequenos podem nascer antes das 37 semanas e se tornam os bebês prematuros. Eles precisam ir direto para a Unidade de terapia intensiva (UTI) para receber um atendimento diferente por parte dos profissionais da saúde.
“Os bebês prematuros são frágeis e eles precisam ganhar peso, eles não conseguem respirar sozinhos, normalmente. Temos uma ação de humanização com essas crianças, com isso, ficam separadas e recebem um atendimento todo especial”, comenta a enfermeira da UTI do Hospital Materno-Infantil Santa Catarina (Hmisc) Patrícia de bem Serafim Soares.
Ainda segundo Patrícia, diversos fatores podem influenciar para um bebê nascer prematuro. “Não tem como definir o que acontece, mas pode ser uma patologia da mãe, pré-adolescência, diabetes. Todos os casos são diferentes. Então, não podemos afirmar que poderá acontecer com alguma mãe”, pontua.
A mãe não pode amamentar diretamente o bebê, ou seja, ela precisa tirar o leite para que os profissionais possam alimentar a criança. O Hmisc possui diversos projetos para trazer apoio e conforto aos familiares.
De acordo com a enfermeira da Unidade de Cuidados Intermediários (UCI) do Hmisc, Gabriela Wagner Maciel, a instituição possui projetos como polvos de crochê. “O projeto já gerou excelentes resultados. Os bebês deixaram de ficar agitados nas incubadoras. Eles ficam com as mãos no polvo e, com isso, não puxam a sonda. Ainda temos fotos que fizemos quando eles completam um mês na unidade e entregamos para os pais como uma forma de lembrança”, conta.
“Ainda temos todo um trabalho com psicólogos para ajudar os pais e familiares da criança a entender que ela vai se recuperar e a maioria dos bebês saem sem sequela nenhuma”, garante Patrícia.
Gabriela afirma que o Hmisc possui uma estrutura essencial para os bebês prematuros. “O bebê prematuro ele precisa sair do parto e ir direto para UTI para um atendimento especial. Aqui no hospital ele não precisa esperar uma ambulância, um transporte, ele sai de uma ala e já vai para outra e isso é essencial na vida da criança. Por isso alertamos as mães para o pré-natal, para os cuidados durante a gestação”, comenta.
Os bebês prematuros recebem atendimento de uma equipe que possui médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem, nutricionista, fonoaudióloga, psicóloga, assistente social. Todos os bebês participam dos projetos dos polvo de crochê, mêsversário, método mãe canguru, musicoterapia e terapia em rede. O Hmisc possui 13 leitos para bebês prematuros na UTI e 10 leitos na UCI que é uma unidade que os bebês ficam após saírem da UTI.
O Hmisc realizou um workshop com os profissionais da unidade nos últimos dias. A intenção foi trazer mais conhecimento para lidar com os bebês. “É um momento de aprendizagem para todos e estamos buscando sempre melhorar nosso trabalho”, relata Gabriela.
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