Casos confirmados

Santa Catarina registra 16 casos de Mpox em 2024; confira os métodos de prevenção

Neste ano, municípios do Sul do Estado não confirmaram registros de contaminação

Por Patrick Stüpp - patrick.stupp@engeplus.com.br

Em 21/10/2024 às 17:12
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Foto: Dive/Divulgação

Em 2024, Santa Catarina registrou 16 casos de Mpox. Até o momento, as confirmações aconteceram nos municípios de Florianópolis (7), Itajaí (4), Indaial (1), Joinville (1), Balneário Pirraças (1), São José (1) e São Francisco do Sul (1). Em outubro, o último informe epidemiológico da Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) de Santa Catarina afirmou que o perfil da doença não registrou mudanças e que não atingiu o Sul de Santa Catarina.

A infectologista, Regina Celia Valim, explica que a Mpox é causada pelo virus Monkeypox, inicialmente identificado na África. Em julho de 2022, a doença foi identificada como emergência global pela Organização Mundial da Saúde (OMS), devido aos registros de vários casos no ocidente. “Em Santa Catarina, de 2022 até o momento foram notificados 2.829 casos, sendo 507 confirmados, com registro de um óbito”, explicou. 

Com a redução de casos, o alerta de emergência global da OMS foi encerrado em maio de 2023. Porém, em agosto de 2024, a Mpox foi declara novamente como uma doença com risco de disseminação internacional. “O fato aconteceu devido à identificação de uma nova variante, que causa uma doença com letalidade maior no continente africano”, pontuou a infectologista. 

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Transmissão e cuidados 

A transmissão da Mpox acontece no contato direto com as lesões na pele dos infectados, ou por meio do contato indireto com a superfície de objetos recentemente contaminados. Além das duas possibilidades, as secreções respiratórias também é uma forma de transmissão, porém, requer um contato mais próximo entre o paciente infectado e outras pessoas.

A transmissão ocorre desde o aparecimento dos sinais e sintomas até a erupção de pele ou mucosa ter cicatrizado completamente. Todos são susceptíveis a pegar a doença, entretanto, o novo surto na África registrou ocorrências principalmente em crianças e adolescentes. Além disso, é importante lembrar que a Mpox é uma zoonose, ou seja, os animais também podem ser contaminados e transmitir aos seres humanos”, reforçou Regina. 

Após a transmissão, os principais sintomas causados pela doença são: febre, dores de cabeça, dores musculares, perda de força corporal, inchaço pelo corpo e erupções cutâneas pela pele. Os ferimentos costumam iniciam pelo rosto e, posteriormente, se espalham para outras partes do corpo da pessoa infectada.

Como forma de prevenção, além do medicamento antiviral, que é indicado em casos graves, ao Portal Engeplus a infectologista também reforçou oito formas de se prevenir a Mpox. Confira abaixo as dicas:

- Isolamento e medidas de precauções adicionais baseadas na transmissão até o descarte do caso (caso suspeito) ou resolução completa das lesões (caso confirmado); 

- Casos suspeitos/confirmados devem evitar o contato com animais, incluindo animais de estimação, animais domésticos e animais selvagens para evitar a propagação do vírus;

- O Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC) recomenda a desinfecção de superfícies contaminadas com 0,5% de hipoclorito de sódio ou outros desinfetantes de alto nível recomendados pelos órgãos regulatórios; 

- Objetos utilizados pelo paciente devem ser lavados com água quente e detergente (toalhas, lençóis, utensílios de cozinha); 

- Limpeza das mãos regularmente com água e sabão e posteriormente utilização de álcool 70%;

- Recomenda-se o uso de preservativo por pelo menos 12 semanas após a cura da doença, uma vez que foi encontrado vírus viável em secreções genitais neste período. No entanto, ressalta-se que somente o uso de preservativo não protege contra a doença, que se espalha pelo contato pele a pele, por meio de contato íntimo.

- As pessoas que apresentam sintomas compatíveis com a doença não devem participar de eventos, festas ou reuniões;

- Reduzir o número de parceiros sexuais, incluindo parceiros casuais, pode ajudar na prevenção. 

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