Saúde

Mpox no Sul de Santa Catarina: monitoramento e vigilância continuam ativos

Em 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox

Por Rafaela Custódio - rafaela.sousa@engeplus.com.br

Em 12/03/2025 às 09:59
imagem da noticia
Foto: Divulgação/Ministério da Saúde

Desde o surgimento do Mpox em 2022, a região Sul de Santa Catarina tem se mantido atenta à evolução da infecção, com três casos confirmados até o momento em Criciúma. No entanto, em 2025, não foram registrados novos casos, embora a Diretoria de Vigilância Epidemiológica (Dive) se mantenha em alerta, principalmente após o período de Carnaval. 

A expectativa é de que o aumento no fluxo de visitantes, especialmente vindos de estados como São Paulo e Rio de Janeiro, onde há maior ocorrência da doença, possa resultar em novos casos confirmados na região. No último dia 8 de março, o Ministério da Saúde confirmou o primeiro caso de infecção pela cepa 1b da mpox no Brasil. Segundo a pasta, uma mulher de 29 anos que mora na região metropolitana de São Paulo, teve contato com um familiar que esteve na República Democrática do Congo, país que enfrenta surto da doença.

“A preocupação com a vigilância do novo clado, que emergiu no continente africano na República Democrática do Congo, vem da Organização Mundial de Saúde (OMS), que restabeleceu o nível mais elevado de alerta com esta nova a variante, em agosto de 2024. O plano de contingência estadual permanece ativo e o monitoramento é contínuo. Foi realizada uma reunião e atualização técnica de vigilância e assistência aos casos suspeitos devido ao potencial aumento de casos no período das festas de carnaval. Teremos uma nota reforçando a manutenção do nível máximo de alerta para os casos suspeitos (em vigilância epidemiológica, assistência médica e diagnóstico) que incluirá a informação da confirmação do novo clado 1b do mpox-vírus no país”, explica Eduardo Campos de Oliveira, médico infectologista da dive.

Continua após anúncio
Fim do anúncio

Segundo o médico, não há mudanças na orientação geral à população já estabelecidas. “Procurar assistência médica em caso de lesões de pele suspeitas, manter isolamento domiciliar e abstinência sexual até a definição diagnóstica, uso regular de preservativos nas relações sexuais, evitando contato íntimos em caso de lesões de pele suspeitas na parceria sexual”, detalha. 

Casos

Em 2024, o Brasil registrou 2.052 casos de mpox. Até o início de fevereiro, 115 casos de cepas da doença haviam sido notificados, mas nenhum deles, até então, era da cepa 1b. Nenhum óbito por mpox foi identificado no Brasil ao longo dos últimos dois anos e a maioria dos pacientes, segundo o ministério, apresenta sintomas leves ou moderados.

A doença

Causada pelo vírus Monkeypox, a doença pode se espalhar entre pessoas e, ocasionalmente, do ambiente para pessoas, por meio de objetos e superfícies que foram tocados por um paciente infectado. Em regiões onde o vírus está presente entre animais selvagens, a doença também pode ser transmitida para humanos que tenham contato com os animais infectados.

A mpox pode causar uma série de sinais e sintomas. Embora algumas pessoas apresentem sintomas menos graves, outras podem desenvolver quadros mais sérios e necessitar de atendimento em unidades de saúde.

O sintoma mais comum é a erupção na pele, semelhante a bolhas ou feridas, que pode durar de duas a quatro semanas. O quadro pode começar com ou ser seguido de febre, dor de cabeça, dores musculares, dores nas costas, apatia e gânglios inchados. A erupção cutânea pode afetar o rosto, as palmas das mãos, as solas dos pés, a virilha, as regiões genitais e/ou anal.

As lesões também podem ser encontradas na boca, na garganta, no ânus, no reto, na vagina ou nos olhos. O número de feridas pode variar de uma a milhares. Algumas pessoas desenvolvem ainda inflamação no reto, que pode causar dor intensa, além de inflamação dos órgãos genitais, provocando dificuldade para urinar.

Entenda

A mpox é considerada doença endêmica na África Central e na África Ocidental desde a década de 1970. Em dezembro de 2022, a República Democrática do Congo declarou surto nacional de mpox, em razão da circulação da cepa 1 do vírus.

Desde julho de 2024, casos da cepa 1b vêm sendo registrados em países como Uganda, Ruanda, Quênia, Zâmbia, Reino Unido, Alemanha, China, Tailândia, Estados Unidos, Bélgica, Angola, Zimbábue, Canadá, França, Índia, Paquistão, Suécia, Emirados Árabes Unidos, Omã, Catar e África do Sul.

Leia mais sobre:

saude,

sul do estado,

mpox.

Receba as principais notícias de
Criciúma e região em seu WhatsApp.
Participe do grupo!

Clique aqui

Confira mais de Saúde