Por Redação Engeplus
Em 20/04/2025 às 11:22Mais de 60% das mortes por câncer de testículo ocorrem entre homens com menos de 40 anos, segundo dados do Ministério da Saúde divulgados pela Sociedade Brasileira de Urologia (SBU). Embora represente menos de 1% dos casos de câncer entre os homens, esse tipo de tumor chama a atenção pela agressividade, rápida evolução e, principalmente, por atingir uma faixa etária jovem. O diagnóstico tardio é um dos principais fatores que contribuem para a gravidade da doença, muitas vezes por desconhecimento ou negligência dos sintomas iniciais.
O urologista Fábio Borges alerta que o câncer de testículo costuma ser silencioso e que, em geral, é assintomático. “Quando o paciente começa a sentir algo, muitas vezes a doença já está avançada. Entre os principais sinais que devem acender um alerta estão a presença de um nódulo endurecido ou caroço no testículo, aumento do volume testicular, sensação de peso no escroto, dor abdominal ou lombar, e dores persistentes ou latejantes na região”, explicou.
Apesar de grave, o câncer de testículo tem altas taxas de cura quando diagnosticado precocemente. Estima-se que mais de 90% dos casos têm chances reais de recuperação com o tratamento adequado, que pode incluir cirurgia, quimioterapia e, em alguns casos, radioterapia. A chave, segundo os especialistas, está na detecção precoce.
O principal sinal é um nódulo endurecido no testículo, mas dores permanentes ou latejantes também devem ser levadas a sério. É essencial procurar avaliação médica para investigar qualquer alteração.
“A dor testicular é preocupante se for persistente. Quando passa após algumas horas é mais tranquilo, pode ser um trauma ou lesão durante a relação, ou gerada ao sentar de maneira inadequada. Todo tumor possui um componente genético associado, mas no testículo não é muito expressivo, porém, é preciso ficar atento a algumas situações. O diagnóstico inicial pode ser feito pelo autoexame, em que o homem identifica um nódulo endurecido, mesmo sem dor. O passo seguinte é procurar um urologista para avaliar se é algo suspeito ou não”, comenta.
Borges cita que o preconceito e a falta de informação ainda são barreiras importantes na prevenção. Muitos homens, principalmente os mais jovens, evitam procurar ajuda médica por vergonha, medo do diagnóstico ou simplesmente por não acharem necessário. Segundo ele, há algumas décadas a mortalidade passava de 70%, sendo um dos tumores mais agressivos da urologia. Hoje, com o avanço das quimioterapias, há uma taxa de cura alta, que passa de 90%, desde que diagnosticado de forma precoce.
“O câncer de testículo é uma doença que, se descoberta no início, tem um tratamento eficaz e com ótimos resultados. Mas o primeiro passo precisa partir do próprio paciente. A recomendação é para que procurem um médico urologista ao menor sinal de anormalidade. Após ter a suspeita, o homem precisa procurar o urologista, que o examina e pede os exames. Caso seja identificado um nódulo, é feita a tomografia do tórax e abdômen para verificar se o tumor está restrito ao local ou se há metástase. O próximo passo é a cirurgia de retirada do testículo, que vai mostrar qual o tipo de tumor. Essa primeira cirurgia é fundamental para definir o restante do tratamento”, reforçou.
Quebra de tabus
Campanhas como o Abril Lilás têm o objetivo de quebrar esses tabus, incentivar o diálogo sobre a saúde masculina e mostrar que cuidar de si também é um ato de coragem. Durante a iniciativa nacional, médicos e instituições reforçam a importância da autoavaliação e da ida regular ao urologista. O autoexame pode ser feito em casa, de forma simples, durante ou após o banho, quando a pele do escroto está mais relaxada. O ideal é que o homem examine seus testículos com as pontas dos dedos, procurando por alterações de tamanho, textura ou nódulos.
Colaboração: Marciano Bortolin/Assessoria de Imprensa
Leia mais sobre:
saude,
Conscientização,
Câncer de testículo.
Imunização
Procedimento
Nova estrutura
Imunização