‘Mercadores da morte’

Alvo de operação, prefeitura de Criciúma diz que contratação de funerárias ocorreu de forma legítima

Gaeco cumpriu mandado de busca e apreensão no Paço Municipal

Por Thiago Hockmüller - thiago.hockmuller@engeplus.com.br

Em 28/11/2023 às 11:39
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Foto: Rafaela Custódio / Portal Engeplus

A Prefeitura de Criciúma se manifestou sobre a Operação Mercadores da Morte, que cumpriu mandados de busca e apreensão no Paço Municipal, na Central Funerária e na casa de um funcionário da central. A ação, deflagrada na manhã desta terça-feira, dia 28, pelo Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco), apura suposto crime contra a ordem econômica, crime na relação de consumo e crime contra a paz pública.  

Em nota, a Administração Municipal afirma que todos os atos de contratação das empresas funerárias que prestam o serviço na cidade ocorreram de forma legítima. “Observando os princípios da legalidade, da moralidade, impessoalidade e publicidade exigidos constitucionalmente. O governo municipal reitera que se mantém à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos”, diz a prefeitura.


Operação cumpre mandados nas cidades de Criciúma, São José e Florianópolis. (Foto: Divulgação/Ministério Público)

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A operação é da 29ª Promotoria de Justiça da Capital e da 11ª Promotoria de Justiça de Criciúma. Segundo o Ministério Público (MPSC), a investigação iniciou em 2022 para apurar a prática de cartel no serviço funerário em Florianópolis, porém, há suspeita de que o esquema estaria se expandindo para Criciúma. “A Administração Municipal informa que toda a documentação solicitada foi disponibilizada ao Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e que servidores públicos se colocaram à disposição para quaisquer esclarecimentos”, informa a prefeitura de Criciúma.

Segundo apontado pelo MPSC, empresas do ramo funerário estariam estabelecendo regras e valores superfaturados dos serviços e juntas estariam controlando os preços para que não haja concorrência. Ao todo, 118 policiais que integram o Gaeco participaram da operação, com mandados cumpridos em Florianópolis, São José e Criciúma. Já foram apreendidos documentos relacionados a edital de concorrência pública, documentos relacionados a renovação, celulares e dinheiro.

Sobre o Gaeco

O Gaeco é uma força-tarefa composta, em Santa Catarina, pelo Ministério Público de Santa Catarina, pelas Polícias Militar, Civil, Penal, Polícia Científica e Rodoviária Federal, pela Receita Estadual e pelo Corpo de Bombeiros Militar e tem como finalidade a identificação, prevenção e repressão às organizações criminosas.

Confira a íntegra da nota encaminhada pela prefeitura de Criciúma:

ESCLARECIMENTO

O *Governo de Criciúma* esclarece que a apreensão de documentos ocorrida na manhã desta terça-feira (28), no Paço Municipal Marcos Rovaris, corresponde, de acordo com informações do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), à investigação iniciada em Florianópolis, em anos anteriores, relacionada à prestação de serviços funerários.

A Administração Municipal informa que toda a documentação solicitada foi disponibilizada ao Grupo de Atuação Especial de Combate às Organizações Criminosas (Gaeco) e que servidores públicos se colocaram à disposição para quaisquer esclarecimentos.

A Prefeitura de Criciúma comunica, ainda, que todos os atos de contratação das empresas funerárias que prestam serviços na cidade de Criciúma ocorreram de forma legítima, observando os princípios da legalidade, da moralidade, impessoalidade e publicidade exigidos constitucionalmente.

O governo municipal reitera que se mantém à disposição da Justiça para quaisquer esclarecimentos.

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